
Tarcísio diz que Brasil “precisa trocar o piloto”
Redação da São Paulo Tv com informações do Jornal Estado de São Paulo Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
São Paulo, 13 de agosto de 2025 — Durante fórum promovido pelo Banco BTG Pactual, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o País “não aguenta mais o PT” e defendeu que, para destravar o crescimento nacional, “é só trocar o piloto que o carro é bom pra caramba”. A declaração, carregada de simbolismo político, foi feita diante de outros governadores e empresários, reforçando seu nome como um dos principais cotados para a disputa presidencial de 2026, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Crise moral e política
Tarcísio classificou a atual situação brasileira como mais grave no campo moral do que no econômico. Em seu diagnóstico, o excesso de gastos públicos, o aumento da carga tributária e a corrupção sistêmica são obstáculos que o Brasil “não aguenta mais”.
“Estamos há 40 anos discutindo a mesma pessoa. O Brasil não aguenta mais excesso de gasto, não tolera aumento de imposto, não suporta mais corrupção. O Brasil não aguenta mais o PT. O Brasil não aguenta mais o Lula”, disse.
Propostas para o ajuste fiscal
Ao tratar das soluções para o impasse econômico, o governador defendeu medidas estruturantes, como a reforma orçamentária, a desvinculação de receitas, a desindexação e a revisão dos benefícios tributários. Segundo ele, a “rigidez” do orçamento e a má alocação de recursos travam o desenvolvimento nacional.
Tarcísio citou a privatização da Sabesp como exemplo de gestão eficiente e acusou o governo federal de “inventar despesas” e “jogar dinheiro fora”. Também criticou o debate sobre emendas parlamentares, classificando-o como perda de tempo diante de um orçamento de R$ 3,35 trilhões.
Contra a narrativa de divisão social
O governador atacou o discurso tributário do governo federal que contrapõe “ricos contra pobres” e alertou para os riscos de políticas que, em sua visão, estimulam a divisão da sociedade.
“A gente não fortalece o fraco, enfraquecendo o forte. Não se fortalece o empregado, enfraquecendo o empregador. Se ajustarmos as alavancas corretamente, o Brasil pode dar um salto e alcançar sua vocação de grandeza.”
A metáfora de “trocar o piloto” foi repetida como uma mensagem direta de que o problema, segundo ele, está na liderança e não na capacidade do país.