
Fraudes no INSS Justiça Federal no DF envia para o STF ação que afastou a cúpula do INSS
Da redação da São Paulo Tv jornalista Bene Correa com informações do UOL e Folha de São Paulo
A Justiça Federal em Brasília mandou para o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), todos os documentos da investigação da Operação Sem Desconto, que derrubou a cúpula do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e que também revelou suspeitas de pagamento de propina a ex-dirigentes do órgão.
A principal investigação sobre fraudes no INSS estava na 15ª Vara Federal de Brasília e agora foi compartilhada com o Supremo, atendendo a uma ordem de Toffoli.
A revista Piauí divulgou a informação de que o ministro pediu o compartilhamento para avaliar se há nas investigações provas que possam envolver pessoas com foro privilegiado.
Investigações paradas
A Justiça Federal recebeu o pedido do STF em 12 de junho. E, segundo apurou o UOL, o caso já estava com as investigações paradas desde então.
Além deste inquérito principal, há ainda outras 12 investigações em andamento. A Polícia Federal (PF) apura suspeitas de fraudes em cinco estados: São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Sergipe e Minas Gerais.
A investigação, agora compartilhada com o STF, atinge o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e mais quatro dirigentes.
As investigações da PF identificaram que três servidores do órgão receberam, por meio de intermediários, R$ 17,5 milhões de empresários investigados por envolvimento no esquema de fraudes com aposentados.
Os investigadores acreditam que esse valor seria propina. No entanto, a PF não acusou Stefanutto de receber dinheiro, apenas os demais dirigentes que atuaram com ele para liberar descontos em folha de entidades suspeitas de fraudes.
Stefanutto nega as acusações da investigação e disse em entrevista à Folha de S.Paulo que nenhum ato seu foi tomado para receber “agrados”.