
Prefeitura de São Paulo inaugura Bosque das Nações no Parque Ibirapuera
Da Redação – São Paulo TV Beatriz Ciglioni
São Paulo reafirma sua vocação como cidade global ao inaugurar, nesta segunda-feira (6), o Bosque das Nações, na tradicional Praça da Paz do Parque Ibirapuera. A iniciativa, conduzida pelos secretários municipais de Relações Internacionais, Angela Gandra, e do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi, reuniu 23 consulados que realizaram o plantio de espécies nativas e representativas de seus países, em um gesto de paz, integração cultural e compromisso ambiental.
Cooperação internacional e diversidade cultural
O Bosque das Nações nasceu como um gesto de cooperação internacional e de valorização da diversidade. Para cada país participante, foi escolhida uma árvore simbólica, representando a identidade cultural de sua nação e, ao mesmo tempo, um compromisso coletivo com as futuras gerações e com a preservação ambiental.
A Praça da Paz, que já havia se transformado, na década de 1960, em um espaço dedicado à integração entre os povos com o plantio de espécies dos cinco continentes, agora reforça esse propósito. Com o novo bosque, o local se consolida como um território de união, contemplação e convivência.
Árvores que contam histórias
As espécies escolhidas pelos consulados carregam forte significado cultural. A Hungria plantou a Robinia Pseudoacacia, enquanto a Moldova trouxe o Ipê Branco. O Líbano marcou presença com o imponente Cedro-do-Líbano e a Turquia, assim como o Azerbaijão, escolheu a romã, fruto associado à fertilidade e prosperidade.
A Itália e a Grécia plantaram oliveiras, símbolos de paz e sabedoria. O Japão trouxe a tradicional cerejeira (sakura), o Canadá o Red Maple (Acer rubrum), o México o jacarandá e a Colômbia o ipê-amarelo. Também participaram países como Alemanha, França, Polônia, Áustria, Bélgica e Países Baixos, que optaram pelo Carvalho Europeu (Quercus robur), árvore símbolo de resistência e longevidade.
No total, 23 nações se uniram ao projeto, transformando o bosque em um verdadeiro mosaico vivo de culturas representadas pela força da natureza.
Secretários destacam o simbolismo do projeto
Para a secretária municipal de Relações Internacionais, Angela Gandra, o Bosque das Nações é mais do que um espaço verde:

“Em um ano de COP30, São Paulo envolveu a cidade em reflexão e ação, rumo à sustentabilidade. Buscamos soluções naturais e simples, como o plantio de árvores, mas também trabalhamos pela sustentabilidade das relações humanas, hoje tão importantes para o mundo. O Bosque das Nações simboliza a paz que tanto desejamos.”
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi, reforçou o papel da cidade na construção de um futuro mais sustentável:

“O Bosque das Nações representa a união pelo cuidado com o meio ambiente e a valorização da diversidade natural. Cada árvore plantada aqui reforça o laço de amizade e de compromisso com as futuras gerações que tanto prezamos na administração municipal.”
Compromisso com a sustentabilidade
O novo espaço soma-se aos esforços contínuos da Prefeitura de São Paulo para ampliar a cobertura vegetal da cidade. Apenas em 2025, mais de 90 mil árvores já foram plantadas em diferentes regiões da capital, como parte de uma estratégia ambiental que reforça o protagonismo de São Paulo na agenda global da sustentabilidade.
Essas ações antecipam o espírito da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que terá o Brasil como sede, e colocam a cidade no centro do debate sobre o futuro do planeta.
Um legado para as próximas gerações
Mais do que um gesto simbólico, o Bosque das Nações se consolida como um legado vivo de união, paz e esperança. O espaço se torna um convite à contemplação, à valorização da natureza e ao respeito às diferentes culturas que compõem a comunidade internacional presente em São Paulo.
A capital mostra, mais uma vez, que é capaz de unir diversidade e inovação, tradição e futuro, reafirmando seu papel como cidade global, aberta ao mundo e comprometida com o desenvolvimento sustentável.