
“Gestão Ricardo Nunes amplia ações e estrutura para enfrentar o problemas das drogas no centro de São Paulo”
Da redação da São Paulo TV
Da Redação | Com informações da Rádio Eldorado, O Estado de S. Paulo, InfoMoney e Revista Oeste
O esvaziamento repentino de tradicionais pontos de concentração de usuários de drogas na região central de São Paulo tem chamado a atenção de autoridades e moradores. Até a semana passada, cerca de 200 dependentes químicos se reuniam diariamente na Rua dos Protestantes, próximo à Rua General Couto de Magalhães. Esse fluxo se consolidou no final de 2023, com migrações pontuais para locais como a Rua Mauá, ao lado da Estação da Luz.
Nos últimos dias, porém, o local ficou deserto. Os usuários se dispersaram por diferentes áreas do centro. Segundo a Prefeitura de São Paulo, já foram identificadas 32 ruas com presença de usuários, conforme declarou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante visita ao Serviço de Cuidados Prolongados Álcool e Drogas Boracea, na Barra Funda.
Na quarta-feira (14), um grupo de aproximadamente 30 pessoas foi visto em uma praça próxima à estação Marechal Deodoro do Metrô. Além desta, a Prefeitura também mapeou presença de usuários nos seguintes pontos:
- Alamedas Glete, Cleveland e Nothmann
- Ruas Prates, Barão de Piracicaba, General Osório e Helvetia
- Avenida Duque de Caxias
- Terminal Princesa Isabel
De acordo com o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, hoje existe apenas um ponto de concentração relevante: a Praça Marechal. “Temos o único ponto de concentração, considerando aquilo que se via ali na Rua dos Protestantes”, disse ele à Rádio Eldorado.
Em pronunciamento conjunto, o prefeito Ricardo Nunes e o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, afirmaram que atualmente não existem mais cenas abertas de uso de drogas na cidade. A classificação, segundo critérios científicos, exige a presença de ao menos 15 usuários consumindo entorpecentes por sete dias consecutivos em um mesmo local.
“Não me causa surpresa a diminuição do fluxo na Rua dos Protestantes e em todo o entorno. O que não pode existir é torcida contra. Parece que tem gente que torce para a Cracolândia não acabar”, desabafou Morando.
A Prefeitura informou que equipes de saúde e assistência social abordaram, só neste período recente, 109 pessoas em situação de dependência química. “O problema ainda não está totalmente solucionado, mas avançamos”, declarou Nunes.
Em entrevista ao programa Arena Oeste, o prefeito detalhou que a gestão municipal tem atuado com responsabilidade e empenho, investindo na ampliação da rede de infraestrutura de saúde, com atendimento humanizado e direto às pessoas acometidas pelo uso de drogas. Segundo ele, a Prefeitura vem enfrentando o desafio de forma ativa, com ações integradas entre assistência, saúde e segurança, e com equipamentos públicos voltados exclusivamente para este público. Veja trechos da entrevista nas redes sociais de Nunes Stories • Instagram sobre estrutura Stories • Instagram
Nunes destacou que o número de dependentes identificados caiu de 651 em maio de 2023 para 103 em maio de 2025, resultado que ele atribui à estratégia conjunta com o Governo do Estado, aos consultórios de rua e aos serviços especializados de acolhimento e tratamento. “Não é apenas papel do Governo Estadual. A Prefeitura está cuidando e estruturando uma resposta real a esse problema crônico”, afirmou.
O secretário Orlando Morando também relacionou o esvaziamento da chamada Cracolândia às ações na Favela do Moinho, à intensificação da busca ativa para oferecer tratamento médico e à repressão qualificada ao tráfico de drogas. “Isso é uma verdadeira guerra, mas é uma batalha que a Prefeitura e o Governo do Estado estão vencendo diariamente”, finalizou.