📺 NOTA OFICIAL — REDAÇÃO E DIRETORIA DE JORNALISMO
SÃO PAULO TV BROADCASTING
São Paulo, 19 de junho de 2025
🖋️ Por Redação São Paulo TV
O Brasil perdeu hoje um dos seus maiores intérpretes. Faleceu nesta quinta-feira, 19 de junho, aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco — uma figura que transcendeu a arte dramática para se tornar símbolo de elegância, sensibilidade e entrega absoluta à profissão de ator.
Internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Cuoco morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. O velório será aberto ao público, nesta sexta-feira, 20 de junho, das 7h às 15h, no Funeral Home, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O sepultamento será reservado à família e a amigos próximos.
Um ator que nasceu nas feiras e brilhou como rei das novelas
Francisco Cuoco não era apenas um ator. Ele era um capítulo inteiro da história da televisão brasileira. Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, filho de um feirante italiano, Leopoldo Cuoco, o jovem Chico cresceu entre barracas e caminhões, dirigindo veículos pesados nas madrugadas paulistanas e sonhando com os palcos.
Aos 28 anos, já formado em Direito, tomou a decisão que mudaria para sempre a dramaturgia nacional: escolheu viver da arte. Estreou no teatro nos anos 1950, e se consagrou com a peça O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, em 1961 — um marco de intensidade emocional que o colocaria no radar dos grandes diretores da época.
Do preto e branco ao HD: o ator que viveu a TV desde o nascimento
Cuoco estreou na televisão quando ela ainda era experimental. Foi protagonista de Renúncia, de Walter Negrão, em 1964, na TV Record. Mas seria na TV Globo, a partir de 1970, que ele se tornaria um dos rostos mais conhecidos do país, vivendo personagens que entraram na memória coletiva de milhões de brasileiros.
Na teledramaturgia, Cuoco foi muito mais que galã: foi espelho da alma brasileira. Viveu aristocratas, pobres, místicos, anti-heróis. Cada papel, uma nova pele. Cada cena, uma verdade.
Seus personagens mais memoráveis:
- Rodrigo (Selva de Pedra, 1972) — o clássico herói romântico em uma trama de identidade e ambição.
- Carlão (Pecado Capital, 1975) — um taxista do subúrbio carioca que revelou seu lado mais humano e popular.
- Herculano Quintanilha (O Astro, 1977) — um esotérico sedutor que virou ícone nacional.
- Paulo Della Santa (O Outro, 1987) — interpretação dupla, técnica e emocionante.
- Presenças marcantes em Saramandaia, O Clone, América, Da Cor do Pecado, Cobras & Lagartos e muitas outras.
Cinema e teatro: o palco era o mundo
Cuoco também brilhou fora da televisão. No teatro, depois de uma longa ausência, voltou em 2005 com Três Homens Baixos, ao lado de Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. No cinema, estrelou dramas como Cafundó, Gêmeas, Traição, e comédias com Renato Aragão.
Mesmo quando a câmera saía de foco, o talento permanecia inalterável. Era um ator de verdade, desses que sabiam o peso de uma pausa, a força de um silêncio, o valor de um olhar.
Um gigante de carne, osso, alma e humildade
Nos últimos anos, Cuoco enfrentou problemas de saúde, como ansiedade e obesidade. Chegou a pesar 130 quilos. Em sua última grande entrevista, à Folha de S.Paulo, ele declarou:
“Passaram-se anos e experiências foram acumuladas. Foi bom. Agora quero tocar o barco. O próximo resultado está à frente.”
Era como se já soubesse que sua vida fora um grande ato de amor ao público.
Reações: comoveram o Brasil as homenagens ao mestre
A notícia de sua morte causou comoção nacional. Nas redes sociais, artistas, escritores, políticos e milhões de fãs expressaram seu luto:
- Miguel Falabella: “Por trás do galã, um homem sensível e espirituoso. Siga na direção da luz!”
- Elizabeth Savalla: “Tão querido. Um grande ator, amigo, feliz. Muita luz no seu caminhar.”
- Walcyr Carrasco: “Um ícone que emocionou gerações. Um mestre eterno.”
- Lázaro Ramos: “Mestre generoso. Que sorte a minha ter dividido cena e conversa com você.”
- Margareth Menezes, Ministra da Cultura: “Gigante da teledramaturgia. Minha solidariedade à família e aos fãs.”
Prêmios e honrarias: reconhecimento à altura do legado
Entre as dezenas de troféus recebidos, destacam-se:
🏆 Troféu Imprensa
🏆 APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte)
🏆 Prêmio Arte Qualidade Brasil
🏆 Troféu Mário Lago, pelo conjunto da obra
Mais que prêmios, Cuoco conquistou o mais difícil: o respeito da crítica e o amor do público, durante sete décadas.
Último ato: o artista que jamais deixará de estar em cena
Francisco Cuoco nos deixa aos 91 anos, mas nenhuma morte apaga uma vida que foi puro espetáculo. Seus personagens continuarão vivos nas reprises, nas lembranças, nos corações dos brasileiros que riram, choraram e sonharam com ele.
A São Paulo TV Broadcasting, por meio de sua Diretoria de Jornalismo, presta uma homenagem solene, comovida e eterna ao homem que fez da televisão um palco de emoções verdadeiras.
Destaques disponíveis:
- Ele interpretou o memorável Paulo Della Santa, papel duplo em O Outro — uma das performances mais simbólicas de sua carreira youtube.com+15youtube.com+15youtube.com+15.
Além dessa participação icônica, há diversos vídeos que homenageiam sua trajetória na teledramaturgia:
- O canal “Francisco Cuoco – Topic” traz compilações de suas novelas clássicas, como Selva de Pedra, Pecado Capital e O Astro globoplay.globo.com+4youtube.com+4terra.com.br+4.
- Trechos recentes, incluindo uma estreia especial no remake de O Astro (2011), com seu retorno interpretando Ferragus — mentor de Herculano — podem ser encontrados em compilados e conteúdos oficiais da Globo pt.wikipedia.org+1nsctotal.com.br+1.
🌟 Sugestões para explorar mais
- Procure por “Francisco Cuoco O Astro 1977” para assistir cenas de sua interpretação emblemática como Herculano Quintanilha, papel que se tornou referência na dramaturgia youtube.com+15en.wikipedia.org+15nsctotal.com.br+15.
- Também vale conferir “Francisco Cuoco Da Cor do Pecado”, onde ele fez participação como Pai Gaudêncio youtube.com+15pt.wikipedia.org+15nsctotal.com.br+15.
🎭 Resumo da relevância
| Novela | Ano (Original ou Remake) | Papel |
|---|---|---|
| O Outro | 1987 | Paulo Della Santa (papéis duplos) |
| O Astro | 1977 | Herculano Quintanilha (protagonista) |
| O Astro (remake) | 2011 | Ferragus (participação especial) |
| Selva de Pedra | 1972 | Rodrigo (galã romântico) |
| Pecado Capital | 1975 | Carlão (motorista popular) |
| Da Cor do Pecado | 2004 | Pai Gaudêncio (participação especial) |
🕯️ Francisco Cuoco
29 de novembro de 1933 – 19 de junho de 2025
“O palco escurece, mas a luz da sua arte nunca se apaga.”
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