
Hospital Mandaqui marca nova era no SUS com cirurgia inédita de próstata por vapor de água
Tecnologia minimamente invasiva, antes disponível apenas na rede privada internacional, chega ao sistema público de saúde com potencial para transformar o tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna no Brasil.
Por Chefia de Redação – São Paulo TV Broadcasting Saúde
Com informações da SES-SP, Sociedade Brasileira de Urologia, FDA e AUA
Tecnologia minimamente invasiva, antes disponível apenas na rede privada internacional, chega ao sistema público de saúde com potencial para transformar o tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna no Brasil.
Um avanço histórico para a saúde pública brasileira. Nesta quinta-feira (10), o Complexo Hospitalar do Mandaqui, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, tornou-se o primeiro hospital público do país a realizar cirurgias de próstata utilizando a tecnologia de ablação por vapor de água, com o moderno equipamento Rezum. A técnica, consagrada em centros de excelência na Europa e América do Norte, passa a ser oferecida gratuitamente pelo SUS, dentro de um projeto piloto realizado em parceria com a Associação Saúde, Direitos e Deveres a Todos – ADETODOS.
O procedimento é indicado para tratar a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), condição que atinge milhões de homens acima dos 50 anos no Brasil. Feito sem cortes, com anestesia leve e alta hospitalar no mesmo dia, o método representa uma ruptura positiva frente às cirurgias tradicionais, que exigem internação prolongada e podem afetar a função sexual.

Autoridades e especialistas presentes

O evento contou com a presença de lideranças e especialistas que celebraram esse novo marco para o SUS:
Representantes da Boston Scientific, fabricante do equipamento: Luanne Daniel Artacho e Igor Campos Batista.
Deputado Estadual Rafael Saraiva – autor da emenda parlamentar que viabilizou o projeto;
Dirceu Caramaschi – articulador institucional da iniciativa;
Dr. Vanderlei Almeida Rosa – Diretor do Complexo Hospitalar do Mandaqui;
Dr. Fabio Pardal – Chefe do Serviço de Urologia do Hospital Mandaqui;
Prof. Dr. Enrico Ferreira Martins de Andrade – Urologista da ADETODOS;
Prof. Dr. Gustavo de Alarcon Pinto – Urologista da ADETODOS;
Dr. Carlos Andrade – Gerente da Clinica Cirúrgica-CHM
Dr Leonardo la Regina – Medico da equipe cirúrgica Urologista
De Uma solução eficiente e acessível

“Estamos diante de uma solução acessível, eficiente e transformadora. Esse procedimento não apenas melhora a qualidade de vida dos nossos pacientes, mas também é um modelo viável para todo o SUS. Com ele, podemos reduzir filas, otimizar leitos e entregar mais saúde com menos custo.”
— Vanderlei Almeida Rosa, diretor do Complexo Hospitalar do Mandaqui
Já o médico urologista responsável pelos primeiros procedimentos, Dr. Fábio Pardal, destaca o simbolismo e a segurança da técnica:

“É um divisor de águas para a urologia na saúde pública. O vapor atua com precisão, eliminando o excesso de tecido prostático sem afetar as funções sexuais. Em poucos minutos, oferecemos ao paciente uma alternativa moderna, eficaz e muito mais humana.”
— Dr. Fábio Pardal, urologista-chefe do Hospital Mandaqui
Inovação com impacto social e clínico
O equipamento Rezum, já aprovado pela FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) desde 2015, é utilizado com sucesso em países como Alemanha, Reino Unido, França e Canadá. Sua chegada à rede pública brasileira representa um salto de qualidade, especialmente considerando que milhares de homens aguardam por cirurgia de próstata no SUS.
Na prática, a tecnologia injeta vapor de água diretamente no tecido prostático, que ao condensar libera energia térmica suficiente para destruir as células responsáveis pelo crescimento benigno. A próstata reduz de tamanho de forma gradual e os sintomas urinários desaparecem em semanas — sem os riscos e limitações das técnicas tradicionais.
Entre os principais benefícios da técnica:
- Procedimento ambulatorial (o paciente recebe alta em menos de 4 horas);
- Preservação da função sexual e ejaculação;
- Menor risco de complicações e infecções;
- Alta taxa de eficácia (superior a 85% segundo estudos internacionais);
- Redução do tempo médio de espera por cirurgia na rede pública.
O desafio da Hiperplasia Prostática no Brasil
A HPB é uma das condições mais prevalentes entre os homens idosos. Estima-se que mais de 14 milhões de brasileiros convivam com algum grau da doença, que pode afetar de forma profunda a rotina e a saúde física e emocional do paciente.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos apresentam sintomas moderados a severos da HPB, número que sobe para 90% a partir dos 80 anos. A fila de espera por cirurgias na rede pública, em alguns estados, ultrapassa seis meses.
Com o novo procedimento, o Hospital Mandaqui pretende dobrar sua capacidade de atendimento, reduzindo tempo de espera, custos operacionais e garantindo maior dignidade ao paciente.
Um modelo para o SUS

A primeira etapa da implantação foi possível graças a uma emenda parlamentar de R$ 70 mil, que custeou os insumos e a realização dos três primeiros procedimentos. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo é que, com o sucesso clínico, a técnica seja ampliada para outros hospitais da rede estadual.
“O sucesso dessa iniciativa mostra que o SUS é capaz de liderar mudanças estruturais na forma de cuidar da população. O que antes parecia privilégio de poucos, agora se torna um direito acessível a todos.”
— Dr. Fábio Pardal
Uma nova página na saúde masculina
A tecnologia Rezum representa mais do que inovação técnica: ela desafia os estigmas associados ao tratamento da próstata, ao oferecer uma solução discreta, indolor e de rápida recuperação. Isso pode estimular mais homens a buscarem ajuda médica, prevenindo complicações e melhorando sua qualidade de vida.
“Não estamos apenas operando próstatas. Estamos mudando mentalidades. Estamos provando que o SUS pode ser líder em inovação médica e referência mundial em saúde pública.”
— Vanderlei Almeida Rosa
Próximos passos
Com os primeiros resultados clínicos já em avaliação, o Hospital Mandaqui se prepara para formalizar relatórios à Secretaria de Estado da Saúde e articular a incorporação definitiva da técnica em seu protocolo. A proposta é tornar o procedimento regular, sustentável e expandi-lo à rede estadual como um programa modelo de cirurgia urológica ambulatorial.
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