Da Redação da São Paulo Tv Brasília foto Tv Foco
O ministro Fernando Haddad se reuniu nesta terça-feira com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a orientação do governo é de “evidentemente” reparar o dano a pessoas que foram lesadas com descontos indevidos no INSS. No entanto, ele adiantou que a forma como isso será feito ainda não foi formatada.
“Estamos aguardando a CGU e a AGU nos envolverem em uma etapa subsequente para tratar desse assunto. Essa questão ainda está no âmbito da CGU”, disse Haddad, a jornalistas ao ser questionado sobre o planejamento do governo para ressarcir quem foi afetado.
Haddad explicou ainda que a questão também depende da apuração dos descontos que de fato não foram autorizados pelos beneficiários.
Oposição quer instalar CPI
Enquanto isto, na Câmara dos Deputados a oposição se organiza para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o esquema de descontos indevidos nos benefícios dos aposentados.
Na noite desta terça-feira, parlamentares contrários ao governo Lula (PT) anunciaram que já foram colhidas 171 assinaturas para a criação da CPÌ.
O autor do pedido de CPI é o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e agora depende do sinal verde do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser oficialmente instalada.
Operação “Sem Desconto”
A iniciativa do Coronel Chrisóstomo é uma reação à operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que apura um esquema de cobranças associativas não autorizadas e que pode ter movimentado R$ 6,3 bi entre 2019 e 2024. “A operação expôs um esquema de desvio de contribuições sindicais não autorizadas, com falsificação de assinaturas e outros crimes”, argumenta Chrisóstomo no requerimento.