Redação São Paulo TV – Reportagem Especial
A cidade de Santos vive dias de reconstrução após o incêndio devastador que atingiu o Dique da Vila Gilda, a maior favela sobre palafitas do Brasil, no litoral paulista. Desde a tragédia, registrada na manhã de sexta-feira, 1º de agosto de 2025, o Governo do Estado de São Paulo, sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas, tem atuado com celeridade para prestar assistência às centenas de famílias afetadas.
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comunicação do Estado, o incêndio destruiu cerca de 100 moradias, resultou na morte de uma pessoa e deixou dezenas de famílias desalojadas. A ação do governo estadual, em articulação com a prefeitura de Santos, mobilizou um pacote de medidas humanitárias, sociais e habitacionais que evidencia o comprometimento com a reconstrução da dignidade e segurança das comunidades atingidas.
Apoio imediato: ajuda humanitária e refeições gratuitas
Entre sexta-feira (01) e esta segunda-feira (04), foram enviados mais de 2.400 itens de ajuda emergencial, entre colchões, cestas básicas e kits de higiene pessoal, por meio da Defesa Civil do Estado e do Fundo Social de São Paulo.
Simultaneamente, a unidade do programa Bom Prato em Santos serviu 2.400 refeições quentes aos desabrigados, com o custo simbólico de R$ 1 integralmente coberto pelo município.
Auxílio financeiro emergencial e aluguel social
Atento à situação das famílias que perderam tudo, o governador Tarcísio anunciou um pacote de auxílio-aluguel no valor de R$ 1.000 mensais, sendo R$ 400 provenientes do governo estadual e R$ 600 da prefeitura de Santos. A medida visa garantir moradia temporária digna enquanto as famílias aguardam novas unidades habitacionais.
Além disso, cada família atingida receberá um auxílio emergencial adicional de R$ 1.000 para aquisição de itens de necessidade básica como roupas, móveis e eletrodomésticos. A Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) também deslocou equipes para atender diretamente a população local, com suporte psicossocial e triagem para os programas sociais existentes.
Reconstrução definitiva: 416 novas moradias
Em resposta à necessidade urgente de habitação, o governador confirmou a construção de 416 novas moradias populares, por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), em parceria com a iniciativa privada.
O plano prevê:
- 216 unidades habitacionais no Residencial Iguape, em Santos;
- 200 unidades no Residencial Vicentinos II, em São Vicente.
As obras terão início imediato, utilizando o modelo de financiamento via Carta de Crédito Associativa, com infraestrutura já aprovada e licitada para acelerar a entrega.
Além dessas, o Governo de São Paulo também anunciou que disponibilizará:
- 574 apartamentos no condomínio Santos AB, com entrega prevista para dezembro de 2025;
- 300 apartamentos no conjunto habitacional Jabaquara, a serem entregues em janeiro de 2026.
Declaração do governador
Durante visita à comunidade, o governador Tarcísio de Freitas foi enfático:
“Nenhuma família vai ficar desassistida. O problema das palafitas é estrutural, histórico, e não pode continuar. Vamos garantir moradia digna para todos os que perderam suas casas neste incêndio.”
A fala do governador reforça a diretriz do seu governo de enfrentar desigualdades habitacionais com respostas rápidas, técnicas e humanitárias. A articulação entre Estado e Prefeitura de Santos tem sido considerada exemplar, com ações coordenadas desde as primeiras horas da tragédia.
Contexto da Vila Gilda
O Dique da Vila Gilda, onde ocorreu o incêndio, abriga aproximadamente 26 mil pessoas em cerca de 3.500 moradias sobre palafitas. Trata-se de uma das comunidades mais vulneráveis do litoral paulista, e sua urbanização é um desafio enfrentado há décadas por gestões sucessivas.
📌 Balanço das ações do Governo do Estado de SP após incêndio:
| Medida | Detalhes |
|---|---|
| Ajuda humanitária | 2.400 itens distribuídos (colchões, cestas, kits de higiene) |
| Alimentação | 2.400 refeições servidas no Bom Prato (gratuitas aos beneficiários) |
| Auxílio-aluguel | R$ 1.000/mês (R$ 400 Estado + R$ 600 Município) |
| Auxílio emergencial | R$ 1.000 por família para bens essenciais |
| Moradia definitiva | 416 unidades (216 em Santos + 200 em São Vicente) |
| Entregas futuras | 574 apartamentos (dez/25) + 300 apartamentos (jan/26) |
Redação São Paulo TV
Reportagem de utilidade pública | agosto de 2025
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