
Câmara de SP decide instalar CPI sobre venda de íris e pancadões
Da Redação da São Paulo Tv
O Presidente da Câmara de São Paulo, o vereador Ricardo Teixeira (União) decidiu nesta terça-feira que a Casa instalará Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) para investigar a conduta da empresa que vinha pagando para escancear a íris de algumas pessoas e também a realizações de pancadões na cidade.
Comissões podem ser instaladas imediatamente
A decisão foi tomada em conjunto com vereadores e a expectativa é que as duas comissões sejam oficialmente instaladas nesta quarta-feira, com a indicação dos respectivos integrantes pelos partidos. Se eles não o fizerem, Teixeira poderá indicar os nomes para que os grupos comecem a trabalhar.
Comissões têm duração de 120 dias. Mas, o prazo pode ser prorrogado por igual período em caso de necessidade, de acordo com as regras da Câmara.
CPIs já deveriam estar trabalhando
A instalação das duas CPIs havia sido anunciada em abril, mas não avançou. Os partidos não indicaram dentro do prazo previsto os seus representantes nas comissões e, por isso, não iniciaram os trabalhos.
Câmara tem mais duas comissões para instalar
As CPIs sobre enchentes no Jardim Pantanal e fraudes em habitações sociais dependem de decisão judicial para serem instaladas. Pelo regimento, a Câmara pode ter até cinco comissões em funcionamento simultaneamente.
Pedidos de CPIs partiram da base aliada
A CPI sobre íris foi proposta pela vereadora Janaína Paschoal (PP). A ideia é que a comissão investigue a empresa Tools for Humanity (TFH), que ganhou notabilidade nos últimos tempos ao oferecer dinheiro em troca do escaneamento da íris da população.
O aplicativo para venda de íris foi usado por 400 mil pessoas no Brasil. O negócio se tornou centro de uma polêmica porque a empresa responsável não deixou claro o que ganha com o escaneamento das íris. Diante da falta de transparência, em março, a atividade foi proibida.
Já a CPI sobre pancadões foi proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União). A comissão tem como objetivo investigar possíveis omissões de órgãos públicos na fiscalização da perturbação do sossego gerada por festas clandestinas na cidade.