Da redação da São Paulo Tv jornalista Bene Correa Com informações do G1
O Banco Central (BC) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informaram que houve um acesso indevido a dados vinculados a chaves Pix no sistema Sisbajud, que é a ferramenta de busca de ativos operada pelo CNJ em parceria com o Banco Central.
A falha na segurança ocorreu nos dias 20 e 21 de julho e afetou dados cadastrais de 11.003.398 pessoas. No entanto, segundo o BC e o CNJ, não houve vazamento de senhas, saldos, extratos bancários ou informações protegidas por sigilo bancário.
De acordo com os dois órgãos, foram expostas informações de natureza cadastral, como nome do titular, chave Pix, instituição financeira, número da agência e número da conta.
Segundo o BC, o vazamento “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”.
Já o CNJ informou que o problema foi “imediatamente identificado e corrigido”, e que o sistema voltou a funcionar normalmente após a adoção das medidas de segurança.
Atenção contra golpes
Apesar de os dados expostos não permitirem movimentações financeiras, o CNJ alertou que a exposição de dados cadastrais representa riscos potenciais, como tentativas de golpes e fraudes.
Por isso, o órgão recomenda que os usuários fiquem atentos a comunicações suspeitas e reforcem os cuidados com segurança digital.
O CNJ lembra que não entra em contato por meio de SMS, e-mail ou chamadas telefônicas, e que irá disponibilizar em seu site oficial um canal exclusivo para que cidadãos consultem se foram impactados pelo vazamento.
Os casos de vazamento de dados ganharam atenção especial das autoridades, principalmente após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O artigo 48 da LGPD estabelece que os responsáveis por dados pessoais devem tornar público os incidentes de segurança que possam acarretar risco ou dano relevante aos titulares.
A Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já foram oficialmente comunicadas sobre o acesso indevido.