
Assembleia-geral da ONU ocorre em Nova York para discutir soluções para um mundo dividido
Da redação da São Paulo Tv com informações da Agência Brasil
Chefes de Estado e representantes diplomáticos de todo o mundo se reúnem nesta semana em Nova York, nos Estados Unidos, para proferir discursos cuidadosamente preparados para apontar alternativas que levem para um mesmo caminho um mundo dividido.

A pauta de debates não fugirá de temas como as guerras na Ucrânia e Gaza, o reconhecimento de um Estado Palestino, a crise climática, a imigração e o risco do enfraquecimento da Democracia em várias partes do mundo.
Como manda a tradição, desde 1955 o Brasil é o primeiro Estado-membro a discursar na abertura do debate geral.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva vai falar na manhã desta terça-feira (23), logo após os discursos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente da 80ª assembleia geral, Annalena Baerbock.
Lula está acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e por outros ministros e especialistas que integram a comitiva.
Além de apresentar prioridades da política externa brasileira, o presidente deve participar de encontros que discutem desde o cenário na Palestina até a crise climática, em preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), que ocorre em Belém em novembro.
Palestina
Nesta segunda-feira (22), Lula participa da segunda sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, convocada pela Franca e Arábia Saudita.
O governo brasileirto espera que o momento sirva para que mais países reconheçam a Palestina como Estado. Além do Brasil, outras 147 nações já reconhecem a Palestina.
Democracia

Na quarta-feira (24), o presidente participa da segunda edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, acompanhado de representantes de cerca de 30 países. Além do Brasil, lideram a iniciativa os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez.
A iniciativa tem como objetivo avançar em uma diplomacia ativa, que promova a cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social.
O primeiro encontro sobre democracia ocorreu no Chile, em julho, quando foi publicada uma declaração conjunta.

Crise climática

Ainda na quarta-feira, ocorre um evento que vai discutir a crise climática, outro tema que está entre as prioridades da agenda de Lula em Nova York.
O presidente ainda participa, em Nova York, de evento organizado pelo Brasil para ampliar o apoio à construção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado em Belém com o objetivo de financiar a preservação de florestas.
Outra agenda é o encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação para discutir mecanismos de adaptação à mudança climática.
A delegação brasileira também deve participar, a partir do dia 22 de setembro, da Semana do Clima de Nova York 2025.
O encontro, que promove cerca de 500 eventos com lideranças de governos e da sociedade civil do planeta, ocorre desde 2009 de forma simultânea à Assembleia Geral da ONU e serve como evento preparatório à COP30.
