
Aposentados vão receber na conta os valores descontos ilegais
Da redação da São Paulo Tv – com informações do UOL, Globonews e Rádio CBN
O INSS ainda não definiu quando os descontos ilegais serão devolvidos aos aposentados e pensionistas, mas já definiu a forma de pagamento. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, informou que os valores serão depositados diretamente na conta em que os benefícios são pagos aos beneficiários.
Em entrevista ao Jornal da CBN, Waller Junior afirmou que os ressarcimentos serão “desburocratizados” e vão ocorrer diretamente no sistema de pagamentos do instituto.
O INSS decidiu que o pagamento será feito na chamada folha suplementar, a modalidade que é utilizada para o pagamento de complementos à folha de pagamento tradicional.
“Uma das coisas que já foi definida é que eventual ressarcimento seja da instituição. Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, garantiu Waller.
O presidente do INSS voltou a reforçar o compromisso do presidente Lula (PT) com as devoluções. Waller destacou também que o INSS vai atender ao pedido do presidente da República para os ressarcimentos ocorrerem de maneira simples. “Tem que ser algo que não demande a ele novos trabalhos, não demande enfrentar uma fila”, disse.
De onde virá o dinheiro
Segundo Waller, inicialmente a ideia é buscar os recursos para bancar o ressarcimento por meio da devolução a partir de bens dos golpistas. “Prioritariamente vamos buscar de quem enriqueceu. Depois, caso o dinheiro não for suficiente, vamos buscar outras fontes para cobrir essa situação encontrada”, destacou em entrevista à GloboNews.
No entanto, a ajuda de recursos dos cofres públicos para os pagamentos não está descartada. “Não dá para garantir [que Tesouro ficará de fora]”, afirmou Waller sobre a devolução de recursos a todos os beneficiários que tiveram descontos irregulares.
Ação da PF e da CGU identificou fraude bilionária
Deflagrada no dia 23 de abril, a Operação Sem Desconto resultou no afastamento do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A ação mirou cobranças não autorizadas de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Também foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e realizado o sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.