programa Por Todas Nós Sábado na São Paulo Tv
Na edição deste sábado (30), o programa Por Todas Nós, apresentado por Aline Teixeira na São Paulo TV, recebeu nomes de peso da militância e da organização da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. A pauta, com o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, trouxe uma reflexão inédita sobre a valorização das trajetórias, o combate ao etarismo e a construção de políticas públicas que deem voz e dignidade às pessoas idosas da comunidade.
Convidados de destaque
Participaram da entrevista:
- Nelson Matias Pereira, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo;
- Diretoras da Parada 2025, responsáveis pela organização e mobilização do evento;
- Fátima Tassinari, conselheira nata do movimento LGBT+, militante histórica e referência na luta pela memória e visibilidade.
A origem e a força da Parada
Nelson Matias recordou a trajetória da Parada LGBT+ de São Paulo, que começou em 1997 com cerca de 2 mil participantes e hoje é reconhecida como a maior do mundo, atraindo milhões de pessoas. Ele destacou o processo de definição do tema de cada edição, ressaltando que, em 2025, a escolha de discutir o envelhecimento LGBT+ nasceu da necessidade de dar visibilidade a um público muitas vezes esquecido.
“O tema deste ano nasceu da necessidade de lembrar que envelhecer também é resistir. Nossa luta não é só por direitos no presente, mas por dignidade em todas as fases da vida”, afirmou o presidente da Associação.
Direitos, avanços e retrocessos
A conversa também abordou conquistas históricas — como a união estável, o casamento igualitário e a criminalização da LGBTfobia —, mas alertou para desafios ainda em curso, como a falta de políticas públicas específicas para idosos LGBT+, acesso à saúde especializada, moradia digna e centros de convivência.
“Conquistas existem, mas a violência, a discriminação e a invisibilidade ainda são uma realidade cotidiana. Precisamos transformar a força da Parada em políticas concretas”, disse Nelson.
Interseccionalidade e acessibilidade
As diretoras da Parada reforçaram que a edição de 2025 foi pensada de forma interseccional, considerando gênero, raça e classe social como elementos inseparáveis da luta. Também destacaram a importância da acessibilidade, garantindo presença de idosos, pessoas com deficiência e públicos historicamente excluídos.
“A Parada é festa, mas também é luta e acolhimento. Trabalhamos para que todos e todas possam estar presentes”, disse uma das organizadoras.
Memória e legado
Com décadas de militância, Fátima Tassinari destacou a importância de registrar a memória do movimento para fortalecer novas gerações.
“Muitos dos que abriram caminho envelheceram no silêncio, sem redes de apoio. Hoje, precisamos trazê-los para o protagonismo. A resistência só terá sentido se os jovens seguirem lutando, com amor e dignidade”, afirmou.
Histórico e reflexão
A edição também resgatou a linha histórica dos temas da Parada, de 1997 até hoje, mostrando que cada ano foi marcado por uma reivindicação concreta: da luta pela união civil e contra a homofobia, até a defesa da identidade de gênero e o enfrentamento aos retrocessos legislativos.
Em 2025, a bandeira é clara: “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”.
Conclusão
Conduzido por Aline Teixeira, o Por Todas Nós reafirmou o compromisso da São Paulo TV em abrir espaço para debates que unem cidadania, memória e diversidade. Mais do que festa, a Parada LGBT+ foi apresentada como uma plataforma de resistência, memória e futuro, com impacto social, cultural e econômico para todo o Brasil.
📺 Aline Teixeira entrevista Nelson Matias e Fátima Tassinari, da Parada LGBT+, no programa Por Todas Nós
Tema: “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”
🗓️ Sábado, 30 de agosto
⏰ 21h
Gravado no PKT Estúdios – Shopping Vila Olímpia.
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👉 Debate imperdível sobre memória, resistência e futuro do envelhecimento LGBT+.