Da Redação da São Paulo Tv Broadcasting

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou à Assembleia Legislativa o projeto de orçamento estadual para 2026, que reforça o foco em programas sociais sem abrir mão do equilíbrio fiscal. A peça prevê arrecadação e despesas de R$ 382,3 bilhões, resultando em contas equilibradas — sem déficit ou superávit — e sinalizando responsabilidade financeira em um ano decisivo para o Estado.

Mais recursos para a área social

O destaque é a ampliação expressiva do SuperAção, programa de transferência de renda criado pela gestão Tarcísio como alternativa ao Bolsa Família. Combinando auxílio financeiro médio de R$ 450, capacitação profissional e incentivo à inserção no mercado de trabalho, a iniciativa tem previsão orçamentária de R$ 553 milhões em 2026, um salto em relação aos R$ 12 milhões destinados neste ano. A aposta reflete a prioridade do governo em combater a pobreza de forma estrutural, oferecendo não apenas auxílio emergencial, mas ferramentas de autonomia e renda para milhares de famílias.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, chefiada por Andrezza Rosalém, será uma das mais beneficiadas, com aumento de quase 50% em seu orçamento (de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,9 bilhão). O reforço de caixa permitirá expandir políticas públicas que dialogam com a realidade das periferias e buscam resultados de longo prazo.

Segurança pública com ajustes estratégicos

Embora haja redução nos recursos destinados especificamente à integração das polícias para o combate ao crime organizado, o governo explica que a queda reflete um ciclo natural de investimentos. Após grandes aquisições em 2025 — viaturas, coletes, armamentos e tecnologia —, o ano de 2026 terá foco na reposição e na manutenção, sem comprometer a capacidade operacional das forças de segurança.

Um ponto positivo é o aumento de mais de 400% nos recursos para monitoramento de condenados com tornozeleira eletrônica, medida que amplia a fiscalização sobre quem cumpre penas alternativas e desafoga o sistema prisional. A estratégia mostra uma visão de modernização e inteligência no uso de recursos, priorizando eficiência.

Investimentos e PPPs como motor do crescimento

O governo aposta nas parcerias público-privadas (PPPs) e nos aportes em empresas estratégicas, como o Metrô, para garantir avanços na infraestrutura paulista. Em 2026, o volume destinado às chamadas inversões financeiras deve crescer 22%, alcançando R$ 14,9 bilhões. Esse modelo amplia a participação da iniciativa privada em obras estruturantes e assegura que os investimentos avancem sem comprometer a saúde das contas públicas, unindo eficiência fiscal e dinamismo econômico.

Gestão responsável e foco em 2026

O orçamento foi desenhado para manter São Paulo no caminho da responsabilidade fiscal: gastar o que arrecada, sem desequilíbrios. A meta de fechar o ano “no zero a zero” dá previsibilidade ao setor público e transmite segurança ao setor privado, um sinal importante para investidores em um momento em que o Estado pode se preparar para novos saltos de crescimento.

A mensagem de Tarcísio é clara: o foco em 2026 será ampliar políticas sociais e garantir que São Paulo continue crescendo de forma equilibrada. Ao mesmo tempo em que ajusta investimentos diretos, o governo reforça áreas que dialogam com a população mais vulnerável e aposta em parcerias para manter o ritmo de desenvolvimento.

A proposta, que agora será debatida pela Alesp, mostra um governo atento às demandas sociais sem perder de vista a eficiência fiscal. Uma estratégia que reforça a imagem de São Paulo como o Estado que concilia rigor nas contas públicas com ousadia em políticas sociais transformadoras.