
Prefeito Ricardo Nunes sanciona lei que garante sensores de glicose para crianças com diabetes tipo 1 em São Paulo
Da Redação da São Paulo Tv Editoria Saúde da Criança texto Bia Ciglioni foto e fonte Secom PMSP Redes Ricardo Nunes assista Instagram Insta Nunes Stories • Instagram 2 Stories • Instagram

São Paulo, 29 de setembro de 2025 – A capital paulista deu um passo histórico na promoção da saúde e na humanização do cuidado com suas crianças. O prefeito Ricardo Nunes sancionou nesta segunda-feira (29) a lei que assegura a distribuição gratuita de sensores de monitoramento contínuo de glicose para crianças e adolescentes de 2 a 12 anos com diabetes tipo 1, pertencentes a famílias de baixa renda e atendidas pela rede pública de saúde.

A medida representa muito mais do que a entrega de um equipamento médico: é a tradução do compromisso da Prefeitura de São Paulo com a dignidade, a infância e o futuro da cidade.
Como as famílias terão acesso
O acesso aos sensores será garantido de forma organizada e descentralizada:

- Para ter direito ao equipamento, a criança deve estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), que identifica famílias em situação de vulnerabilidade social.
- O encaminhamento será feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital, que funcionarão como portas de entrada para o programa.
- São 479 UBSs espalhadas por todas as regiões da cidade, da Zona Norte à Zona Sul, passando pela Leste, Oeste e pelo Centro, garantindo que nenhuma criança fique sem assistência.
- Nessas unidades, médicos e equipes multiprofissionais farão a avaliação, indicarão a necessidade do sensor e acompanharão a adaptação e o uso correto do dispositivo.
O equipamento, fixado na pele, realiza medições da glicemia a cada cinco minutos, 24 horas por dia, enviando os resultados diretamente ao celular dos pais ou responsáveis. Com isso, as famílias podem agir de forma preventiva e rápida, reduzindo riscos de crises e complicações graves.
Um impacto real na vida das famílias
O ato de sancionar a lei foi marcado por emoção e simbolismo. O vereador Thammy Miranda (PSD), autor do projeto de lei, destacou que a medida devolve humanidade ao cotidiano de quem convive com a diabetes tipo 1:

“Hoje o prefeito está assinando a vida para essas crianças. É sobre dar dignidade, sobre permitir que elas vivam a infância sem tantas restrições e sofrimentos. Essa lei é sobre amor, sobre futuro. É um avanço histórico para São Paulo.”
Histórias como a de Lucas, de 5 anos, mostram a dimensão dessa mudança. Sua mãe, Samina Sousa Chaves, da Comunidade DM1, descreveu como o dispositivo transformou a rotina da família:
“Antes, a gente furava o dedinho dele 12 vezes por dia, inclusive de madrugada, a cada três horas. Era doloroso, angustiante. Hoje, com o sensor, temos segurança, previsibilidade e, principalmente, paz. Na escola, a professora mede e a gente recebe em casa o resultado em tempo real. É qualidade de vida e esperança. É como se nos devolvessem o direito de sermos uma família tranquila novamente.”
A palavra dos especialistas
O secretário-adjunto da Saúde, Maurício Serpa, reforçou a importância técnica e humana da medida:

“Estamos diante de um marco no cuidado infantil. O monitoramento contínuo, aliado ao diagnóstico precoce e a uma abordagem multiprofissional, é fundamental para reduzir complicações da diabetes tipo 1. Essa lei mostra que São Paulo enxerga saúde pública como direito integral: não apenas tratar a doença, mas oferecer dignidade, acolhimento e qualidade de vida.”
O CEO da GT Diabetes, Paulo Bettio, ressaltou o protagonismo da cidade:
“São Paulo tem visibilidade nacional e internacional. Tenho certeza que este é apenas o primeiro passo para que crianças em todo o Brasil possam conviver com o diabetes de forma mais segura e digna.”
Tecnologia que humaniza
O sensor realiza de 10 a 15 medições diárias após as refeições, além de varreduras durante a madrugada, prevenindo quedas ou picos glicêmicos que tantas vezes levam famílias a passarem noites em claro. Além disso, o sistema possui alarme sonoro, que alerta imediatamente pais, responsáveis e até mesmo professores quando há alteração perigosa nos níveis de glicose.
Essa tecnologia já é considerada padrão ouro em diversos países desenvolvidos e agora chega à rede pública paulistana de forma gratuita, tornando-se um símbolo de equidade: o que antes era acessível apenas a famílias com recursos, passa a ser um direito universal de quem mais precisa.
Um compromisso com a vida e com o futuro

O prefeito Ricardo Nunes, ao lado de Thammy Miranda, reforçou que essa conquista é fruto de uma parceria entre Legislativo, Executivo e sociedade civil, movida por um propósito maior:
“Nossas crianças são o nosso futuro. Cada vida é única, cada história importa. Estamos aqui para proteger, cuidar e dar condições para que todas elas cresçam com saúde, alegria e dignidade. Esse é o compromisso da Prefeitura de São Paulo: privilegiar a vida e promover a saúde, sempre.”