Da Redação – São Paulo TV Chefia de Reportagem
A Prefeitura de São Paulo realiza nesta terça-feira (19) mais um movimento estratégico dentro de sua agenda de transformação urbana: o penúltimo leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Consorciada Faria Lima. A expectativa é arrecadar cerca de R$ 2,8 bilhões, recursos que serão destinados a projetos de mobilidade, habitação, saúde, cultura e infraestrutura em diferentes regiões da capital.
Entre tradição e inovação: a força da Operação Faria Lima
Com três décadas de existência, a Operação Urbana Faria Lima sempre esteve associada à reconfiguração de uma das áreas mais valorizadas da cidade. Agora, no entanto, ganha novos contornos. Além do prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima até a Avenida dos Bandeirantes, a Prefeitura prevê uma inédita hidrovia de 4 km no Rio Pinheiros, a remodelação do Largo da Batata, a implantação de bulevar na Avenida Juscelino Kubitschek e a construção de três novas unidades básicas de saúde, entre outros equipamentos públicos.
Outro marco deste certame é a inclusão do chamado “buraco da Faria Lima” — trecho entre as avenidas Juscelino Kubitschek e as ruas Fiandeiras e Santa Justina — dentro da operação, ampliando as possibilidades de adensamento e modernização urbanística.
Intervenções sociais: o olhar para as favelas
Mais do que uma aposta imobiliária, o leilão traz um compromisso direto com áreas de vulnerabilidade social. Parte dos recursos será aplicada em Paraisópolis, Porto Seguro e Jardim Colombo, com foco em regularização fundiária, construção de moradias populares, implantação de equipamentos culturais, esportivos e tecnológicos, além de infraestrutura básica. A medida traduz uma visão da atual gestão de que a transformação urbana deve dialogar com a inclusão social.
Gestão Nunes: remodelar para incluir
O prefeito Ricardo Nunes, a Prefeitura tem buscado imprimir um caráter remodelador às operações urbanas, conectando crescimento econômico com justiça social. A destinação dos recursos para áreas periféricas e a criação de projetos inovadores — como a hidrovia do Pinheiros e polos tecnológicos sustentáveis — ilustram essa tentativa de construir uma cidade mais equilibrada, moderna e inclusiva.
Em um cenário de pressões por habitação, mobilidade e sustentabilidade, a operação Faria Lima, prestes a completar 30 anos, ganha fôlego renovado e se consolida como instrumento central de um novo ciclo de desenvolvimento urbano na capital paulista.