
Devolução de desconto irregular de aposentados gera novo golpe
Da redação da São Paulo Tv Plantão
Criminosos estão se aproveitando da revelação de um esquema bilionário de fraudes no INSS, ocorrida após uma operação deflagrada pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União contra sindicatos e associações que se apresentavam como representantes de beneficiários da Previdência. Após a operação, beneficiários da Previdência passaram a receber e-mails e mensagens que prometem agilizar a devolução do dinheiro cobrado de forma indevida. Nas mensagens, os golpistas falam sobre “ressarcimento de descontos de mensalidades associativas” e oferecem um link de acesso para dar um golpe.
Cobranças suspensas e alerta de golpe
Vale lembrar que, a diretora de Orçamentos e Finanças e Logística do INSS afirmou que o instituto ainda vai elaborar um plano para a devolução. Portanto, não há uma forma de receber a devolução do dinheiro descontado antes de abril, por enquanto.
Nesta sexta-feira, 25, o Ministério da Previdência publicou em seu site um texto com o título: “Golpistas estão abordando aposentados e pensionistas com a oferta de agilizar devolução de mensalidade descontada”. O texto recomenda aos que aposentados a pensionistas que não acessem os links enviados nos e-mails e mensagens que aparecem nesses conteúdos.
Segundo o comunicado, os valores descontados no mês de abril ficarão retidos, conforme informado pela Controladoria Geral da União (CGU), e serão devolvidos na folha de maio, a partir de 26 de maio até 6 de junho. Os valores descontados antes de abril, que não são reconhecidas pelos beneficiários, serão avaliados por um grupo da Advocacia Geral da União, que estudará a melhor forma de devolução.
O esquema dos descontos
O esquema consistia em descontar valores irregulares, sem qualquer autorização. Em troca, essas entidades prometiam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal. Dessa forma cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões.