Iniciativa do o vereador e Presidente da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo, Ricardo Teixeira, quer garantir resposta rápida da polícia e proteger passageiros, motoristas e cobradores contra a violência crescente nos coletivos da capital.

Por Redação São Paulo TV

A segurança no transporte público tem sido um dos temas mais urgentes na cidade de São Paulo. Com o aumento constante nos índices de violência nos coletivos, um projeto de lei promete trazer alívio à população que depende diariamente dos ônibus municipais. Trata-se do Projeto de Lei 83/2017, de autoria do vereador e Presidente da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo, Ricardo Teixeira , que prevê a instalação de botões de pânico em todos os veículos da rede municipal.

A proposta foi motivada por dados alarmantes: segundo a SPTrans, houve um aumento de mais de 50% nos assaltos a ônibus apenas no primeiro trimestre de 2017. Diante desse cenário, a medida busca garantir proteção imediata aos trabalhadores e usuários do sistema, utilizando tecnologia e integração com o sistema de monitoramento urbano.

Como vai funcionar?

De acordo com o texto do projeto, os botões de pânico serão instalados em locais estratégicos, de fácil acesso a motoristas e cobradores, mas discretos e ocultos aos passageiros. O funcionamento será simples e eficaz:

• Ao ser pressionado, o botão ativará a palavra “PERIGO” no letreiro frontal do ônibus.
• Um sinal de emergência será enviado via GPS à Central de Monitoramento da SPTrans, com a localização exata do veículo.
• A central poderá acionar, em tempo real, a Polícia Militar ou a Guarda Civil Metropolitana para atendimento imediato da ocorrência.

Além disso, cartazes informativos serão fixados no interior dos ônibus, comunicando aos passageiros a existência do sistema de segurança.

Segundo

O vereador Ricardo Teixeira, conhecido por pautas ligadas à mobilidade e segurança, ressalta a urgência da medida:

“Nosso objetivo é salvar vidas. O botão de pânico representa uma resposta rápida e eficaz contra a violência nos ônibus. É inadmissível que trabalhadores do transporte e passageiros enfrentem o medo todos os dias para chegar ao trabalho ou à escola. Segurança não é luxo, é direito!”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo, Ricardo Teixeira .

Para Teixeira, a proposta não apenas coíbe ações criminosas, como também reforça o direito constitucional de ir e vir com dignidade e segurança.

Tramitação na Câmara

O PL 83/2017 já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara Municipal. Atualmente, o projeto está em análise na Comissão de Finanças e Orçamento, onde deve passar por avaliação técnica e orçamentária antes de seguir para votação em plenário.

A expectativa, segundo aliados do vereador, é que o projeto avance ainda neste semestre, uma vez que o tema da segurança nos ônibus ganhou destaque após recentes episódios de violência registrados em várias regiões da capital.

Impacto e apoio

A proposta vem recebendo apoio de diferentes setores. Motoristas e cobradores veem na medida uma ferramenta essencial para sua segurança. Já passageiros consideram a iniciativa um avanço necessário diante do medo constante que enfrentam em seus deslocamentos diários.

Especialistas em segurança urbana também avaliam positivamente o projeto, lembrando que cidades como Curitiba e Fortaleza já adotaram sistemas semelhantes com resultados expressivos na redução de crimes nos coletivos.

Além disso, o botão de pânico representa um avanço na política de prevenção, pois sua simples existência pode inibir ações criminosas.

O que diz a SPTrans?

Procurada pela São Paulo TV, a SPTrans informou que acompanha com atenção os debates sobre o projeto e está aberta ao diálogo com o Legislativo para discutir a viabilidade técnica e os custos de implementação. A empresa destaca que já possui um sistema de monitoramento por câmeras e GPS em parte da frota e que a integração com novas tecnologias pode fortalecer a rede de segurança urbana.

Próximos passos

A Redação da São Paulo TV continuará acompanhando a tramitação do projeto na Câmara Municipal, além de realizar entrevistas com representantes da SPTrans, especialistas em mobilidade urbana, usuários do sistema e lideranças da segurança pública.

O futuro do transporte coletivo passa, cada vez mais, por soluções inteligentes que unam tecnologia, prevenção e proteção. O botão de pânico pode ser uma dessas soluções.