Durante visita ao aterro sanitário da CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste, no bairro de São Mateus, Zona Leste da capital, o prefeito Ricardo Nunes anunciou nesta terça-feira (13) a implantação do primeiro Ecoparque de São Paulo, modelo inédito no Brasil que pretende centralizar, em uma só estrutura, tecnologias para reaproveitamento e transformação de resíduos sólidos urbanos.
A agenda contou com a presença do secretário municipal de Governo, Edson Aparecido, e do secretário-executivo de Mudanças Climáticas, José Renato Nalini, que acompanharam o prefeito durante a visita técnica ao local.Na
A proposta integra o novo contrato das concessionárias de limpeza urbana, renovado pela Prefeitura em junho de 2024, e prevê R$ 6 bilhões em investimentos para quatro unidades até 2026.
“Nós teremos quatro Ecoparques na cidade, com R$ 6 bilhões de investimento. Dentro desses espaços, ampliaremos a coleta seletiva, utilizaremos o gás biometano e faremos o tratamento térmico, com capacidade de 1.000 toneladas de lixo por dia”, disse o prefeito Ricardo Nunes, lembrando que hoje são coletadas 12.000 toneladas de lixo por dia.
Atualmente, a cidade coleta em média 12 mil toneladas de lixo por dia. A expectativa é que os Ecoparques, além de reduzir o envio de resíduos para aterros, gerem energia e estimulem a economia circular.
📊 Destinação do lixo antes e com os Ecoparques
📊 Investimento em resíduos sólidos por capital
Modelo internacional e inédito no país
Inspirado em modelos europeus, como o da cidade de Copenhague, onde mais de 95% dos resíduos são reciclados ou transformados em energia, o projeto dos Ecoparques paulistanos coloca a capital na vanguarda da gestão ambiental urbana na América Latina. No Brasil, projetos similares ainda estão em fase piloto ou de estudo.
“Estamos saindo da lógica de enterrar lixo para gerar valor com ele. Isso é política pública de longo prazo com retorno ambiental e social”, afirmou o Prefeito Nunes.
No período da tarde, Ricardo Nunes se reuniu com o núcleo estratégico da administração municipal para tratar de medidas de gestão integrada. Participaram os secretários Clodoaldo Pelissioni (Planejamento e Eficiência), Edson Aparecido (Governo) e o presidente da PRODAM, Francisco Forbes. Segundo fontes da Prefeitura, a meta é integrar a operação dos Ecoparques à malha digital do município, com monitoramento inteligente dos fluxos de resíduos, indicadores de eficiência e transparência em tempo real.
Análise: por que os Ecoparques importam
Ambientalmente: reduzem a dependência de aterros e as emissões de metano.
Economicamente: abrem caminho para a valorização energética e comercial dos resíduos.
Socialmente: podem gerar empregos e fomentar cooperativas de reciclagem.
Além disso, São Paulo reforça sua posição como protagonista em políticas urbanas sustentáveis, num momento em que os grandes centros do mundo são cobrados por ações concretas contra a crise climática. A transformação do lixo em energia e eficiência esta na mira da gestão Ricardo Nunes para reposicionar São Paulo como referência em inovação urbana. Com os Ecoparques, a cidade não apenas trata resíduos — trata de futuro.