
Pesquisa revela crescimento do consumo entre as classes D e E em 2025 e aponta transformação digital e social na base da pirâmide
São Paulo TV | Economia Popular e Inclusão
Da Redação
Uma nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira (2) desafia estereótipos e revela um Brasil que pulsa longe dos holofotes. O estudo “Brasil Invisível: Insights sobre o consumidor de baixa renda”, realizado pela Data-Makers em parceria com a ONG Gerando Falcões e a ESPM, traça um retrato inédito dos consumidores das classes D e E, mostrando não apenas um apetite crescente por consumo, mas também um público digitalizado, engajado e socialmente consciente.
Segundo os dados, 59% dos consumidores com renda de até dois salários mínimos pretendem aumentar seu consumo em 2025, superando todas as outras faixas de renda analisadas. Apenas 6% afirmam que devem gastar menos neste ano. Esse comportamento contraria a ideia de retração entre os mais pobres e revela um potencial mercado em expansão.
“A baixa renda mostra claro apetite de consumo e plena autonomia digital. Marcas que entenderem esse movimento podem construir relações sólidas com esse público, que quer ser reconhecido também como consumidor digital”, destaca Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.
Multiplataforma e conectados
A pesquisa revela que o celular é o principal meio de compras para 49% dos entrevistados, superando até mesmo a média nacional (46%). E mais: 91% das pessoas das classes D e E acessam a internet diariamente, utilizando múltiplas plataformas como Facebook (71%), Instagram (77%), TikTok (50%) e YouTube (70%). Apesar da era digital, 65% ainda consomem TV aberta todos os dias, evidenciando um comportamento híbrido e multiplataforma.
“Para se comunicar com a periferia, é preciso entender essa rotina de múltiplas telas e investir em conteúdo que misture informação, entretenimento e identificação cultural”, afirma Fudissaku.
Responsabilidade social como critério de compra
O levantamento revela também um alto grau de consciência social entre os consumidores das classes D e E. Direitos dos idosos (88%), inclusão de pessoas com deficiência (87%) e sustentabilidade (79%) aparecem como valores fundamentais no processo de escolha de marcas e produtos. Além disso, 73% priorizam alimentos zero açúcar, apontando um interesse crescente por saúde e bem-estar.
“Nas favelas, apoiar causas não é questão de status, é parte da rotina. Esse público pratica a empatia e valoriza marcas que compartilham seus princípios”, pontua Fudissaku.
Um mercado bilionário ainda invisível
De acordo com Sérgio Rocha, CMO da Gerando Falcões, o estudo ajuda a desmistificar o comportamento de consumo da periferia. “As favelas movimentam mais de R$ 200 bilhões por ano, mas ainda são invisíveis para muitas marcas. O público de baixa renda é moderno, conectado, influente e aberto ao consumo. O desafio das empresas é ir além da propaganda e construir pontes autênticas com essa realidade.”
Representatividade importa
O relatório da pesquisa reforça a necessidade de estratégias mais inclusivas, representativas e digitais, para conquistar esse público com potencial de consumo crescente. A mensagem é clara: o Brasil que consome é diverso, ético, digital e consciente — e quer ser visto.
📊 Sobre a pesquisa
Realizada entre abril e maio de 2025 com 2.465 pessoas (sendo 1.331 das classes D e E), a pesquisa seguiu critérios da ABEP e contou com amostragem nacional, com destaque para o Sudeste (38%), Nordeste (25%), Sul (16%), Centro-Oeste (12%) e Norte (9%).
🔍 Sobre a Gerando Falcões
Organização referência em impacto social, a Gerando Falcões atua em rede com ONGs em favelas por todo o país. Seus programas de transformação incluem a Favela 3D, a Falcons University e a plataforma ASMARA, com o objetivo de erradicar a pobreza antes da colonização de Marte.
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