
Pesquisa Datafolha/Anbima revela perfil do apostador brasileiro
Da Redação da São Paulo Tv foto ilustrativa de autoria do site ericktipster
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o instituto Datafolha, revela o perfil do apostador de bets no Brasil.

Os dados revelam que o perfil típico do apostador é jovem, sendo que dois terços deles são homens das classes sociais C e D/E. A maioria pertence à geração Z, ou seja, tem entre 16 e 28 anos), e ao grupo millennials, de 29 a 43 anos. A maioria dos apostadores está concentrada no Sudeste e Nordeste do país.
Quase metade dos apostadores tem dívidas em atraso e apresenta níveis elevados de estresse financeiro. Em média, o gasto mensal com apostas é de R$ 216,00, por meio de aplicativos.
As apostas são feitas, ao menos uma vez por semana, por meio de aplicativos.
Em relação às plataformas de apostas, as principais informações colhidas na pesquisa foram:
- 52% dos que perdem dinheiro em apostas fazem novas apostas tentando recuperar o valor perdido. Comportamento clássico de perda de controle, com risco de endividamento e vício.
- 47% dos apostadores têm dívidas em atraso. O que demonstra que, na média, o apostador está mais associado a dificuldades financeiras do que à estabilidade.
- 66% relatam sentir alto estresse financeiro. A prática das apostas, somada à situação de endividamento, contribui para um círculo vicioso de instabilidade emocional e pressão financeira.
Aposta para obter ganhos rápidos ou altos
Cerca de 3 milhões de brasileiros que apostam foram identificados com alta propensão ao vício em apostas. Esse grupo é o mais vulnerável a problemas financeiros e sociais
A principal motivação para apostar é a expectativa de ganhos rápidos ou altos, enquanto o aspecto de diversão é secundário. financeiro, segundo a Anbima.
Em 2024, cerca de 23 milhões de brasileiros fizeram algum tipo de aposta. O dado mostra a forte penetração das apostas no cotidiano da população, refletindo o crescimento das plataformas de apostas no Brasil.
Apenas 16% dos apostadores acreditam que apostas são uma forma de investimento. No ano anterior, o índice era de 22%, o que indica maior consciência dos riscos envolvidos e um afastamento da ideia de que apostar seja um meio seguro de construir patrimônio.
Como foi feita a pesquisa
O Datafolha entrevistou 5.846 pessoas presencialmente em todas as cinco regiões do país, entre 4 e 22 de novembro de 2024, com 16 anos ou mais, abrangendo as classes sociais A/B, C e D/E. O estudo apresenta margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.