
Pepe Mujica: de guerrilheiro a presidente
Da Redação da São Paulo TV Especial Pepe Mujica 3 – America do Sul – ilustração São Paulo TV – com informações do UOL
Pepe Mujica integrou o grupo guerrilheiro Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros.
- Em 1972, um ano antes do início da ditadura uruguaia, Mujica levou seis tiros e ficou em estado de saúde grave. Foi preso e passou mais de uma década encarcerado.
O ex-presidente uruguaio disse certa vez o que aprendeu com o episódio: - “A não se deixar dominar pelo ódio e pelo fanatismo, a compreender que há contas que não se cobram e que é preciso viver para a frente”.
Memórias do cárcere: - “Os primeiros meses daquela prisão passei amarrado com arames. Na noite em que me colocaram em um colchão para dormir, me senti feliz. Às vezes, eu ficava dois meses sem tomar banho. E em absoluta solidão, com a visita de familiares uma vez por mês, principalmente de minha mãe”.
Fuga e liberdade: - Mujica fugiu da prisão, mas só ganhou a liberdade após anistia decretada em 1985. Pepe conseguiu escapar da prisão duas vezes, e uma delas foi por um túnel que escavou com um companheiro. Após o fim da ditadura, foi solto pela Lei de Anistia, que decretou a soltura daqueles que cometeram delitos políticos a partir de 1962.
Retorno à política - Em 1994, foi eleito deputado federal e, seguida, assumiu como senador pela primeira vez.
- Pepe Mujica criou o Movimento de Participação Política (MPP), que se tornou majoritário dentro da coalização da Frente Ampla em 2004.
- Foi designado ministro da Agricultura durante o governo de Tabaré Vasquez, no qual permaneceu até 2008.