
Número de mortes provocadas pela PM-SP cai 25%
Da Redação da São Paulo Tv com informações do G1
O número de mortes provocadas pela Polícia Militar de São Paulo caiu 25% no primeiro trimestre. A queda veio Após o governador Tarcísio de Freitas afirmar que se arrepende da postura que teve em relação ao uso de câmeras corporais pelos policiais.
No período de janeiro a março deste ano, foram registrados 158 mortos contra 210, no mesmo espaço de tempo em 2024.
O número de policiais militares mortos também caiu pela metade: de 8, em 2024, para quatro nesse ano.
Na avaliação de especialistas, a voz do comando muda como as tropas agem. Como o governador disse que o uso das câmeras é importante, os policiais passaram a usar melhor o equipamento.
Governador corrige rota
Em dezembro do ano passado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que se arrependeu da “postura reativa” que teve sobre o uso das câmeras corporais em policiais.
Para especialistas, a voz do comando muda como as tropas agem. Como o governador disse que o uso das câmeras é importante, os policiais passaram a usar melhor o equipamento.
🎙️ A mudança no discurso e o impacto nas tropas
Em dezembro de 2024, Tarcísio admitiu erro ao criticar inicialmente o uso das câmeras corporais:
“Eu particularmente me arrependo muito da postura reativa que eu tive lá atrás. Uma postura que partiu da percepção de que aquilo poderia tirar a segurança jurídica do agente ou mesmo causar excitação no momento em que ele precisava atuar. Hoje, eu percebo que estava enganado, que ela [a câmera corporal] ajuda o agente”, afirmou o governador.
Especialistas apontam que a mudança no discurso do governador influenciou diretamente o comportamento das tropas, que passaram a utilizar o equipamento com mais responsabilidade.
A declaração foi dada após uma série de casos de violência policial no final de 2024, com cenas que chocaram a opinião pública e geraram forte repercussão, como a de um homem arremessado do alto de uma ponte por um policial militar na Zona Sul de São Paulo e a de policiais que agrediram uma mulher de 63 anos e deram um golpe de mata-leão.
Violência da PM na Operação Verão
Em 2024, com o discurso do governador de confronto, críticas e o desestímulo do uso das câmeras, o estado registrou um aumento de 65% no número de mortos por policiais militares, se comparado ao ano anterior.
Era o segundo ano consecutivo de aumento de mortes praticadas por PMs. Tanto em 2024 quanto em 2023, a Polícia Militar realizou operações na Baixada Santista.
Elas foram consideradas as mais letais desde o massacre do Carandiru, com 56 mortos, em 2024, e 28, em 2023. Neste ano, não houve relatos de truculência policial na Operação Verão na Baixada Santista. Apenas o número de prisões foi divulgado.
🔥 2024: o ano mais violento desde o Carandiru
O ano de 2024 foi marcado por uma escalada na letalidade policial. Com o governador adotando um discurso de confronto, o estado viu um aumento de 65% no número de mortos por PMs em relação a 2023.
As ações da PM na Baixada Santista, durante a Operação Verão, foram as mais letais desde o massacre do Carandiru:
- 56 mortos em 2024
- 28 mortos em 2023
Os episódios mais marcantes incluíram um homem arremessado de uma ponte e o espancamento de uma idosa de 63 anos. Os casos geraram forte comoção e repercussão nacional.
Operação Olho Vivo
Em 2022, o estado de São Paulo registrou o menor número de mortes por PMs em serviço na história. A redução de mortes de adolescentes ocorridas em intervenções policiais chegou a 80,1% naquele ano. A diminuição ocorreu justamente quando agestão do governador Rodrigo Garcia (DEM), ampliou o programa Olho Vivo, com a adoção de câmeras acopladas nos uniformes dos PMs.
👁️ Resultados do uso das câmeras: o caso da Operação Olho Vivo
Em 2022, durante a gestão do então governador Rodrigo Garcia (DEM), o programa Olho Vivo, com uso intensivo de câmeras corporais, resultou no menor número de mortes por PMs em serviço da história de São Paulo. A redução de mortes de adolescentes em intervenções policiais naquele ano foi de 80,1%.
Aumento salarial
O governo de São Paulo enviou, na quarta-feira (30), à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o projeto de lei que propõe reajuste salarial de 5% para diversas categorias de servidores do Poder Executivo, incluindo os policiais militares e civis.
💰 Reajuste salarial para as forças de segurança
Em paralelo, o governo Tarcísio encaminhou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 30 de abril, um projeto de lei com reajuste de 5% para servidores do Executivo, incluindo policiais militares e civis.

Aqui está o gráfico comparativo com os dados de mortes provocadas por policiais militares e mortes de PMs no primeiro trimestre de 2023, 2024 e 2025.