
Novo presidente do INSS diz que medidas contra fraudes não foram usadas
Da redação da São Paulo Tv – com informações da CNN e UOL foto imagem CNN
Em entrevista à CNN Brasil, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que mecanismos que poderiam ter sido colocados em prática para evitar fraudes contra aposentados não foram colocados em prática.
Waller Júnior disse que havia avisos, alertas, mecanismos, que não foram colocados em prática. “O que a gente precisa é colocar em prática, para assegurar ao nosso benificiário que tudo que mexer na folha dele, que é aquilo que ele depende para se alimentar, para comprar remédio e sobreviver, seja resguardado com legitimidade de eventuais descontos de só aquilo que ele precisar.”
Waller substituiu Alessandro Stefanutto, que foi afastado do cargo pela Justiça e depois pediu demissão. O antigo presidente do instituto é suspeito de liberar descontos indevidos em benefícios de aposentados. De acordo com investigações da Polícia Federal, a fraude, que teria gerado prejuízo de R$ 6,3 bilhões, começou em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro, e foi até o governo atual, do presidente Lula.
Onze entidades de classe foram enquadradas. Outras 31 são suspeitas de cobrarem mensalidade irregular. Em diversos casos, houve falsificação de assinaturas para autorizar os descontos nas folhas de pagamento, segundo a PF.
Doze entidades são processadas pelo INSS
O INSS abriu processos administrativos de responsabilização contra 12 entidades citadas na investigação da Polícia Federal por fraudes em aposentadorias e pensões. Das 12 entidades que serão alvos de processo seis estão entre as investigadas pela Polícia Federal. No entanto, todas elas estão na lista das 31 entidades suspeitas de fazer descontos não autorizados.
Currículo
Waller Júnior é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais com pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Em 1998, ingressou no poder público como procurador no INSS. Entre 2001 e 2004, foi corregedor-geral do órgão. De 2007 a 2008, foi subprocurador-geral.
Mais tarde, entre 2016 e 2019, ocupou a função de ouvidor-geral da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou para corregedor-geral da União a partir de 2019.Play Video