
Mujica não tinha medo da morte e dizia que a vida é linda
Da Redação da São Paulo TV Especial Pepe Mujica – America do Sul – ilustração São Paulo TV – com informações do UOL
O ex-presidente Pepe Mujica encarava a morte com naturalidade:
“É preciso morrer. Pertencemos ao mundo dos vivos, nascemos destinados a morrer. Por isso a vida é uma aventura maravilhosa. Mais de uma vez na minha vida a morte rondou a cama, desta vez parece que vem com a foice em punho. Vamos ver o que acontece”.
Além disso, mostrava aos jovens que a vida vale a pena e, mesmo próximo da morte, mantinha o otimismo:
“Vou continuar militando com meus companheiros, fiel à minha forma de pensar, com minhas verduras e com minhas galinhas. Quero dizer às meninas e aos meninos do nosso país que a vida é linda, mas se desgasta. A questão é recomeçar a cada vez que cair e, se houver raiva, transformá-la em esperança”.
Na despedida, Mujica mostrou respeito aos adversários:
“É fácil respeitar aqueles que pensam parecido com você, mas você precisa aprender que o fundamento da democracia é o respeito aos que pensam diferente”.
Também mostrou arrependimento:
“Me arrependo de tanta coisa. Eu fui presidente, e neste país tem gente que passa fome”.
José Alberto Mujica Cordano nasceu em 20 de maio de 1935 em Montevidéu, capital uruguaia. Descendente de italianos e bascos, Mujica era filho de pequenos agricultores. Após a morte do pai, Mujica trabalhou como florista com a mãe.
Pepe foi casado com Lucía Topolansky, senadora e ex-companheira de guerrilha. O casal morava em uma chácara em Rincón del Cerro, na periferia de Montevidéu, onde manteve as raízes familiares e continuou cultivando flores e hortaliças.
veja também
Mujica entrou na política pelas mãos da própria família – São Paulo Tv Broadcasting
Pepe Mujica: de guerrilheiro a presidente – São Paulo Tv Broadcasting
Presidente Mujica implantou programa progressista – São Paulo Tv Broadcasting