
Morre Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo
Da redação da São Paulo Tv Bene Correa Com informações de Splash e UOL
O fotógrafo Sebastião Salgado morreu hoje, aos 81 anos, em Paris, na França. A informação foi divulgada pelo Instituto Terra, mas a causa da morte não foi divulgada.
A nota divulgada pelo Instituto Terra retrata quem é Sebastião Salgado.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade.”

Saúde debilitada por causa da malária
O fotógrafo enfrentava problemas de saúde por causa de uOma malária contraída nos anos 1990, segundo relatou à Folha de S.Paulo um amigo próximo.
A doença causa uma série de sintomas, desde febre e calafrios até complicações mais graves, como insuficiência renal, cerebral e hepática, que podem levar à morte.
Ele morava com a mulher, Lélia Salgado, e o Filho Rodrigo, em um apartamento em Paris, perto da Praça da Bastilha. O estúdio dele na cidade guarda um acervo com mais de 500 mil imagens.

Fotos em exposição na França
Parte do trabalho de Sebastião Salgado está exposta no centro Les Franciscaines, na comuna francesa de Deauville, em uma mostra aberta ao público que vai até o dia 1º de junho de 2025.
A exposição foi organizada em colaboração com a Maison Européenne de la Photographie, que possui mais de 400 obras do artista no acervo.

A morte não o assombrava
Em uma entrevista à revista GQ, publicada em junho de 2024, o profissional declarou que, ao completar 80 anos, o corpo não era mais o mesmo e havia chegado a hora de deixar de lado as grandes reportagens. À época, o artista garantiu que a iminência da morte não o assombrava.
Em entrevista ao Jornal The Guardian, Sebastião Salgado declarou:
“Não falei que pararia de trabalhar, só que, aos 80, você atinge uma liberdade inimaginável. O que vier pela frente é lucro. As pessoas vivem, quando muito, até os 90, e estou mais próximo da morte. Não me engajaria em um projeto que se arrastasse por seis ou sete anos, porque possivelmente não teria como concluí-lo.”
