
Frederico Siqueira Filho: quem é o novo ministro das Comunicações nomeado por Lula
Engenheiro com carreira consolidada na iniciativa privada e atual presidente da Telebras, Siqueira assume a pasta em meio à busca do governo por estabilidade política e técnica
Da Redação da São Paulo TV – Especial jornalista Walter Ciglioni fonte e foto EBC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira (24) a nomeação de Frederico Siqueira Filho como novo ministro das Comunicações. Engenheiro civil e administrador com ampla experiência no setor de telecomunicações, Siqueira é a aposta do União Brasil para manter espaço no primeiro escalão do governo, após a saída de Juscelino Filho, denunciado pela Procuradoria-Geral da República.
A escolha, articulada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), alia o perfil técnico do novo ministro a uma necessidade política: preservar a base governista no Congresso e garantir a estabilidade institucional do ministério, um dos mais estratégicos da Esplanada.
Da Oi à Telebras: uma trajetória no setor
Formado em engenharia civil pela Universidade de Pernambuco e em administração pela PUC-Rio, Frederico Siqueira Filho construiu uma carreira sólida na área de telecomunicações. Durante mais de 20 anos, atuou na Oi, onde ocupou funções-chave nas áreas de vendas, relações institucionais e estratégias corporativas. Liderou projetos de infraestrutura digital em estados como Pernambuco, Paraíba e Bahia, com foco em segurança pública e conectividade de governo.
Na década de 1990, antes de ingressar na Oi, teve passagens por empresas como Autelserv e Globaltalk, onde acumulou experiências em engenharia e vendas.
Em maio de 2023, Siqueira assumiu a presidência da Telebras, estatal responsável por serviços de comunicação estratégica, inclusive para o setor público. Sua gestão é vista por aliados como técnica, eficiente e com capacidade de articulação junto a diferentes esferas do poder.
Nome técnico, apoio político
Embora não tenha trajetória político-partidária, Siqueira é um nome de confiança do União Brasil, legenda que indicou sua nomeação. Sua escolha representa uma solução de equilíbrio entre os interesses do centrão e a necessidade de reposicionar a pasta em meio às tensões políticas.
Com trânsito consolidado entre parlamentares das regiões Norte e Nordeste — onde desenvolveu grande parte de sua carreira —, o novo ministro é reconhecido por sua habilidade em liderar projetos estratégicos e manter diálogo com governos estaduais, prefeitos e líderes partidários.
A expectativa no Planalto é de que sua chegada traga estabilidade à pasta e fortaleça o elo entre o governo e o setor de telecomunicações, em um momento decisivo para as políticas públicas voltadas à inclusão digital, conectividade em escolas e expansão da rede pública de comunicação.