
Secretaria Municipal da Saúde da Cidade de São Paulo leva acompanhamento domiciliar a 3 mil pessoas com deficiência intelectual em São Paulo
Da Redação da São Paulo Tv
Estratégia Apoiador da Pessoa com Deficiência (APD) promove autonomia, inclusão social e qualidade de vida
São Paulo, 31 de agosto de 2025 – A cidade de São Paulo tem avançado em uma política pública essencial para a inclusão social: o acompanhamento domiciliar de pessoas com deficiência intelectual. Por meio da estratégia Apoiador da Pessoa com Deficiência (APD), realizada nos Centros Especializados em Reabilitação (CER), a Secretaria Municipal da Saúde garante mensalmente atendimento a cerca de 3 mil pessoas em seus lares.
O programa, que se destacou durante a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (21 a 28 de agosto, instituída pela Lei nº 13.585/2017), busca oferecer não apenas cuidados de saúde, mas também ferramentas de autonomia e independência.
Atendimento humanizado e plano individualizado
A capital conta atualmente com 34 equipes do APD, formadas por psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e apoiadores. No CER III Pirituba, por exemplo, cada paciente recebe um Projeto Terapêutico Singular (PTS), um plano de atividades que considera suas características e potencialidades, envolvendo desde comunicação e aprendizagem até trabalho, vida doméstica e interação social.
Antes do início das atividades, o apoiador vai até a casa do paciente para conhecer sua rotina, estabelecer vínculo e adaptar o plano terapêutico. “É um trabalho gradativo, que exige paciência, mas que gera conquistas significativas”, afirma o apoiador Renato Carneiro Oliveira, responsável pelo atendimento da jovem Kethelyn Costa Bertoli Dias, de 16 anos, que hoje já demonstra avanços em tarefas diárias e no fortalecimento da autoconfiança.
Inclusão para além do lar
O programa também atua no enfrentamento do isolamento social, estimulando a participação em oficinas e atividades externas. Júlia Simões Machado Alves, de 27 anos, iniciou o atendimento no APD em 2024. Após receber visitas domiciliares, passou a frequentar oficinas de pintura, culinária e empreendedorismo no CER III Pirituba. “Aprendi a enfrentar meus medos, a sair de casa e conhecer novas pessoas. Descobri coisas que achava que não podia fazer”, relata.
Hoje, Júlia se prepara para ingressar no mercado de trabalho, com apoio da equipe do programa na elaboração de currículo, treinamento para entrevistas e orientação de empregabilidade. “É gratificante acompanhar cada evolução. Mostra que o nosso trabalho, ainda que de formiguinha, funciona”, reforça a apoiadora Gislaine Bastos.
Apoio às famílias e fortalecimento comunitário
Outro pilar fundamental da estratégia é o suporte às famílias. Enquanto os pacientes participam das oficinas, os familiares integram grupos de acolhimento, onde compartilham experiências e recebem orientação psicológica. “É importante cuidar de quem cuida”, ressalta a enfermeira Fernanda Nathalia Oliveira Silva, supervisora do APD.
Esses encontros também orientam sobre direitos e benefícios garantidos às pessoas com deficiência. Para a professora Rosângela Simões da Silva, mãe de Júlia, o impacto é visível: “O acolhimento do programa trouxe segurança e autonomia para minha filha. Hoje, ela participa de atividades, interage com outras pessoas e enxerga um futuro diferente”.
Inclusão como política de cidade
Mais do que atendimento clínico, a estratégia APD é um instrumento de cidadania. Ao promover oficinas, encontros em espaços públicos e atividades de lazer e cultura, a Prefeitura busca garantir que pessoas com deficiência intelectual não fiquem restritas ao núcleo familiar, mas ocupem os espaços sociais da cidade.
“O nosso trabalho é fazer com que essas pessoas sejam vistas como capazes, funcionais, e tenham autonomia. É garantir que elas possam estudar, trabalhar, se divertir e viver plenamente”, conclui a supervisora Fernanda.
Com iniciativas como essa, São Paulo reforça seu compromisso em combater o preconceito e construir uma cidade mais inclusiva, onde cada cidadão tem espaço para exercer sua independência e dignidade.
📌 Reportagem da Redação – São Paulo TV Broadcasting
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