
Trump, Zelensky e líderes europeus se reúnem em Washington para discutir guerra na Ucrânia
Da redação da São Paulo Tv Especial fotos CNN e Casa Branca Jornal WP
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, está em Washington D.C, onde se reúne com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às 14h desta segunda-feira (18), no horário de Brasília.

O encontro ocorre dois dias após encontro de Trump com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que conversaram na sexta-feira no Alasca.
A expectativa de Trump é que neste encontro seja marcada a data de uma reunião entre Zelensky e Putin.
Numa rede social, o presidente dos Estados Unidos disse que “se tudo der certo”, o encontro será marcado na conversa de hoje.
Os Estados Unidos também reforçarão a proposta de uma “garantia de segurança” para o território ucraniano em caso de cessar-fogo.
A promessa foi feita após a reunião de Trump com Putin e protegeria o país de Zelensky de novos ataques no caso do fim da guerra.
Participação de líderes europeus
Na reunião desta segunda, Trump e Zelensky terão um primeiro encontro bilateral e, depois, líderes europeus participarão da conversa.
Zelensky ganhou nesta visita a Washington a companhia da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; do presidente da França, Emmanuel Macron; do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; do presidente da Finlândia, Alexander Stubb; e do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
Trump diz que Zelensky pode encerrar guerra
Numa publicação nas redes sociais, Donald Trump afirmou que o conflito pode terminar “de maneira imediata”, se este for o desejo do ucraniano.
Porém, a recuperação da Crimeia ou a entrada da Ucrânia na Otan não deve ocorrer.
A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014 e Zelensky já afirmou reiteradamente que não vai abrir mão de recuperar a área, alegando que a Constituição ucraniana prevê que o território do país é “indivisível e inviolável”
Há o receio entre os líderes europeus de que Trump pressione Zelensky a aceitar as condições estabelecidas pela Rússia.

O presidente ucraniano descartou a possibilidade de aceitar anexação de outros territórios por parte de Putin, mas disse que está disposto a fazer um encontro trilateral para discutir a guerra.
Novos ataques ao território ucraniano
Pouco após a chegada de Zelensky aos Estados Unidos, foram registrados dois ataques às cidades de Kharkiv e Zaporizhzhya , que mataram 10 pessoas e provocaram ferimentos em dezenas de ucranianos.
Reunião Trump e Putin
Na sexta-feira (15), os presidente Donald Trump e Vladimir Putin estiveram reunidos por três horas, mas o encontro acabou sem acordo de cessar-fogo.
“Nada foi fechado”, anunciou o republicano ao lado do russo, em entrevista à imprensa. A expectativa inicial era de que uma trégua na guerra fosse conseguida.

Trump definiu o encontro como “muito produtivo em várias formas” e com progressos, apesar do resultado.
O republicano afirmou que há “uma boa chance” de chegar a um acordo e relembrou que milhares de pessoas estão sendo mortas na Ucrânia. Os presidentes trocaram elogios.
Segundo Putin, Rússia e Estados Unidos têm interesses sinceros de pôr fim ao conflito.
Porém, o russo diz estar convencido de que, para chegar a um acordo de longo prazo, é preciso que a segurança do país seja garantida.
Segundo ele, Trump disse na cúpula que a proteção dos dois países seria garantida e que os EUA estão preparados para trabalhar nesta questão.
Horas antes da cúpula, Zelensky afirmou que os ataques russos ao território ucraniano continuavam. Para ele, não havia nenhuma ordem ou sinal de que Moscou “esteja se preparando para pôr fim a esta guerra”.
“No dia das negociações, eles também estão matando. E isso diz muito”, acrescentou.
Europeus temem traição de Trump
Aliados europeus da Ucrânia temem que Trump possa trair o país.
Eles acreditam que o presidente norte-americano pode congelar o conflito com a Rússia e reconhecer, mesmo que apenas informalmente, o controle russo sobre parte do território ucraniano.
Trump tentou amenizar as preocupações dizendo que deixaria a Ucrânia decidir sobre qualquer possível troca de território.