
Exportadores correm para enviar produtos aos EUA antes da taxa de 50% entrar em vigor e preço do frete aumentou
Da redação da São Paulo Tv jornalista Bene Correa com informações do G1 e JN
Os exportadores brasileiros correm contra o tempo para enviar os
produtos já comercializados com os Estados Unidos antes do aumento da tarifa para 50%, previsto para entrar em vigor na sexta-feira (1°).
E como a demanda é grande, o preço do frete ficou mais caro. Mesmo assim, nos terminais de cargas dos aeroportos brasileiros, o movimento é intenso.
Na capital gaúcha, Porto Alegre, todos os espaços nos cargueiros e bagageiros dos voos comerciais que chegam aos Estados Unidos antes do dia 1º já estão lotados.
Fabiane Dietrich, administradora da empresa de logística Premium International Freight Agency, decidiu não perder tempo e contratou um voo fretado para honrar os contratos com os americanos.
Nesta quarta-feira (30), Fabiane vai enviar 60 toneladas de produtos de exportadores brasileiros. O valor do frete subiu, em média, de US$0,95 centavos de dólar por quilo para US$4 dólares.
Aviões em vez de navios
Em São Paulo, a concessionária que administra o Aeroporto Internacional, em Guarulhos, reforçou uma regra para evitar a lotação dos galpões. Caminhão com carga só pode entrar 48 horas antes do embarque. É que o movimento aumentou 10% em menos de uma semana.
Sandro Parejas, que é gerente de uma empresa que envia produtos para os Estados Unidos, mandou vinte caminhões a mais para o terminal de cargas do aeroporto, com 100 toneladas extras de produtos.
No aeroporto, caixas de pescados se acumulam. Nesta terça-feira, chegaram 60 toneladas de tilápia, que vão ser enviadas para Miami e Los Angeles.
Normalmente esse tipo de produto seria transportado de navio. Mas, por mar, a carga chegaria depois do dia 1°, quando provavelmente o tarifaço já estará vigorando.
A carne enlatada também está indo de avião. Desde o fim de semana, foram 50 toneladas. Estão nos galpões, à espera do embarque, outros produtos que não costumam ser exportados por via aérea, como materiais de construção e peças automotivas.