
Governo está preocupado com impacto da taxa de Trump na indústria nacional da aviação, em especial na
Da Redação da São Paulo Tv
Um setor fortemente atingido pela taxa de 50% aplicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros é a indústria de aviação, mais especificamente a Embraer.
E o efeito danoso no setor foi quase automático. No dia seguinte ao anúncio, as ações da companhia chegaram a cair mais de 8% na Bolsa de Valores.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a medida inviabiliza a exportação de aeronaves aos Estados Unidos. Na opinião dele, neste momento, o diálogo é a única medida na mesa.
Setor do pescado mais afetado.
O ministro explicou que já havia cargas que estavam programadas para sair.
“Mas o translado demora em torno de 20 a 25 dias para chegar nos Estados Unidos. Então, as mercadorias já teriam taxação a partir do dia 1º de agosto”, afirmou.
No momento, há uma forte movimentação nos portos brasileiros, mas segundo o ministro ainda não é possível avaliar se o fluxo vai diminuir.
“Temos que aguardar os próximos 10 dias para fazer uma avaliação mais profunda sobre isso. Mas acredito que vamos continuar crescendo. O setor portuário está vivendo o melhor momento da sua história. Em 2024, tivemos o melhor ano do setor”, lembrou Silvio Costa.
Preocupação com a Embraer
Silvio Costa disse que está atento aos impactos na indústria nacional de aviação.
“A Embraer é uma preocupação para nós. Os Estados Unidos são um dos grandes compradores de aeronaves. São mais de 1,5 mil aviões da Embraer que viajam pelos céus americanos”, alertou o ministro.
A taxação de Trump significa um custo a mais em torno de US$ 9 milhões por avião.
“Isso claramente inviabiliza a operação. Estamos discutindo internamente para buscar, por meio de diálogo, a construção de alternativas e soluções efetivas”, acrescentou.