
Contratação de PJs impactam as contas públicas, revela estudo da FGV
Da redação da São Paulo Tv Brasil
A Fundação Getúlio Vargas calculou o reflexo da contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas nas contas públicas. De acordo com o estudo, a chamada “pejotização” provoca um rombo enorme nos cofres do governo.
Segundo a FGV, entre 2018 e 2023, o Brasil deixou de arrecadar entre R$ 89 bi e R$ 144 bi por causa do modelo de trabalho de pessoa jurídica.
Em 2023, os trabalhadores PJ pagaram, em média, R$ 4 mil em impostos para o governo. Caso tivessem carteira assinada, esse valor subiria para até R$ 33 mil, em média.
O levantamento da FGV mostra ainda que, se metade dos trabalhadores contratados com carteira assinada em 2023 se tornassem PJ, a perda de arrecadação chegaria a mais de R$ 384 bi, em apenas um ano.
Discussão da pejotização está suspensa no STF
No mês passado, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu todos os processos que tratam da legalidade ou não da contratação de trabalhadores como pessoa jurídica. A suspensão vale até que o Supremo decida de forma definitiva se este vínculo empregatício é válido ou não.
Números colhidos pelo IBGE revelam que mais de 6,8 mi de pessoas trabalham como pessoa jurídica no Brasil.