
Sucessão de Francisco: quem pode ser o próximo Papa e qual o legado deixado ao mundo
Especial da Redação da São Paulo Tv
Com a morte do Papa Francisco aos 88 anos, a Igreja Católica entra em um período de transição que mobiliza fiéis, líderes religiosos e a comunidade internacional. Francisco deixa um legado profundo marcado pela defesa dos pobres, o apelo à paz mundial, o cuidado com o meio ambiente e a luta por uma Igreja mais inclusiva.
Durante seu pontificado, o Papa argentino não apenas criticou a desigualdade e o materialismo do mundo moderno, como também atuou ativamente em crises humanitárias e ambientais. A encíclica Laudato Si’ foi um marco global sobre responsabilidade ecológica. Já em Fratelli Tutti, ele clamou por fraternidade universal, condenando o racismo, a xenofobia e o nacionalismo extremo.
Com a abertura do conclave, 132 cardeais eleitores se reunirão no Vaticano para escolher o novo líder da Igreja. Francisco nomeou cerca de 80% desses cardeais, o que pode influenciar na continuidade de sua linha pastoral.
🔮 Possíveis sucessores no horizonte
Entre os nomes mais cotados para suceder Francisco estão:
- Cardeal Pietro Parolin (Itália): atual Secretário de Estado do Vaticano, com forte perfil diplomático e de diálogo internacional.
- Cardeal Matteo Zuppi (Itália): presidente da Conferência Episcopal Italiana, ligado à Comunidade de Sant’Egidio e engajado nas causas sociais e da paz.
- Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas): ex-arcebispo de Manila, carismático, missionário e defensor de uma Igreja global e próxima dos pobres.
- Cardeal Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo): relator do Sínodo da Sinodalidade, identificado com a ala reformista europeia.
- Cardeal Peter Turkson (Gana): forte defensor da justiça social e da ecologia integral, podendo representar o primeiro papa africano dos tempos modernos.
- Cardeal Robert Sarah (Guiné): símbolo da ala conservadora, crítico de várias mudanças promovidas por Francisco.
Brasil no conclave
O Brasil será representado por sete cardeais: Dom Odilo Scherer, Dom Orani Tempesta, Dom Sérgio da Rocha, Dom Jaime Spengler, Dom Paulo Cezar Costa, Dom João Braz de Aviz e Dom Leonardo Steiner. Nenhum é considerado favorito, mas sua presença fortalece o peso do país — a maior nação católica do mundo — dentro do processo.
O novo papa herdará não apenas a responsabilidade espiritual de liderar mais de 1,3 bilhão de fiéis, mas também a missão de continuar o diálogo entre fé e os grandes desafios do século XXI: pobreza, guerra, intolerância, meio ambiente e inclusão.
Redação São Paulo TV