Primeiro retrofit social da cidade beneficia 287 famílias e marca virada na política habitacional da capital
Redação da São Paulo TV Fonte: SECOM – Prefeitura da Cidade de São Paulo Fotos de: Edson Lopes Jr./SECOM
Com emoção, dignidade e transformação, a cidade de São Paulo viveu nesta segunda-feira (7) um momento marcante: o prefeito Ricardo Nunes entregou as chaves do Residencial Prestes Maia, o primeiro retrofit social da capital. Um edifício que por décadas simbolizou a desigualdade agora se torna um exemplo de esperança e justiça social.
“Essa é uma entrega histórica! O edifício Prestes Maia, que foi palco de tanta dor e abandono, hoje renasce. Em 2022, dei início à sua requalificação. Agora, mais de 1.000 pessoas vão viver com dignidade nesse prédio totalmente transformado”, declarou o prefeito.
Com investimento de R$ 76 milhões, a obra foi realizada dentro do programa Pode Entrar – Entidades, em que o município financia e a entidade executa. A transformação do Prestes Maia é mais que uma reforma física — é um ato de reparação social.
Centro com vida, justiça com moradia
Durante a entrega, Nunes destacou que essa é apenas a primeira de muitas ações que vão mudar o Centro da cidade:
“Já começamos as obras do Edifício Bandeiras, e em breve iniciaremos a requalificação do José Bonifácio. Estamos mapeando outros prédios e dialogando com as comunidades. Nossa missão é clara: onde havia abandono, haverá dignidade”, afirmou.
A entrega faz parte de uma revolução silenciosa, mas poderosa. Somente este ano, já foram entregues 491 unidades habitacionais e mais de 6.600 estão em construção. É o maior programa habitacional da história da cidade, financiado com recursos próprios da Prefeitura.
“Não é só um apartamento. É o começo de uma nova vida”, disse o prefeito ao cumprimentar famílias visivelmente emocionadas.
Um prédio que volta a pulsar com vida
Moradora desde 2010, Maria José da Silva, 65 anos, se emocionou ao lembrar do passado:
“No começo não tinha luz, era tudo improvisado. Tínhamos que subir escadas no escuro, carregar baldes de água. Era sofrido demais”.
Agora, ela sonha com um novo lar:
“Ver esse prédio lindo, reformado… é um sonho. Vou deixar meu apartamento bonito, do meu jeitinho”.
Roseli Almeida, representante dos moradores, resumiu o sentimento coletivo com lágrimas nos olhos:
“Sou mulher da periferia, filha do interior da Bahia. E hoje, com dignidade e orgulho, me mudo para o Centro, em frente ao metrô. Isso não é só mudança de endereço. É justiça social”.
O secretário de Habitação, Sidney Cruz, também celebrou:
“Antes dos 100 dias do novo mandato, já entregamos mais de mil unidades. Aqui começa uma nova história para 287 famílias. Moradia é o alicerce de tudo”.
De ocupação à reconstrução de sonhos
Construído na década de 1950 para abrigar uma tecelagem, o prédio passou por anos de abandono, tornando-se em 2002 a maior ocupação vertical do país. Em 2018, foi desapropriado pela Prefeitura, e em 2022, sob a liderança de Ricardo Nunes, sua requalificação começou.
Hoje, o Prestes Maia conta com 287 apartamentos modernos, de 29 m² a 55 m², entre kitnets e unidades de um e dois dormitórios. O prédio tem áreas de lazer ao ar livre, salão de festas e localização privilegiada, a poucos metros do Metrô Luz.
“Esse prédio já simbolizou abandono. Agora é símbolo de futuro”, disse o diretor-presidente da COHAB, Diogo Soares. “Que cada família aqui encontre felicidade, segurança e oportunidade. Que esse Centro novo acolha e transforme vidas”.
A secretária de Urbanismo, Bete França, completou:
“Vamos mostrar ao Brasil o que é um retrofit com justiça social no coração de São Paulo. É mais uma marca da gestão do prefeito Ricardo Nunes, que tem atuado com coragem e sensibilidade onde poucos ousaram mexer”.
É possível e necessário morar no Centro
A coordenadora do Movimento de Moradia na Luta por Justiça, Nete Araújo, reforçou a importância do feito:
“O trabalhador pode e deve viver no Centro, perto do hospital, da UBS, do emprego. Sempre enxergamos esse prédio reformado, e agora ele está aqui. Real”.