
Kassab admite disputar governo de São Paulo em 2026 se tiver aval de Tarcísio
Redação São Paulo TV
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta segunda-feira (24) que está disposto a disputar o governo de São Paulo em 2026, caso o governador Tarcísio de Freitas opte por concorrer à Presidência da República. Atualmente, Kassab ocupa o cargo de secretário de Governo da gestão Tarcísio.
Com uma trajetória consolidada na política, Kassab já foi prefeito de São Paulo entre 2006 e 2012, período em que implementou programas de requalificação urbana e ampliação da infraestrutura viária. Além disso, foi ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações entre 2016 e 2018, onde defendeu avanços na digitalização e na conectividade no Brasil. Sua atuação no cenário político também inclui mandatos como deputado federal e secretário estadual. Kassab já concedeu diversas entrevistas ao jornalista Walter Ciglioni, abordando temas relacionados à política e gestão pública.
Além do governador Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab possui um histórico de boa aceitação entre o eleitorado paulista. Em 2008, durante sua gestão como prefeito de São Paulo, uma pesquisa do Datafolha indicou que 61% dos paulistanos avaliavam sua administração como ótima ou boa, igualando o recorde de aprovação de Paulo Maluf. Esse índice foi o mais alto registrado por um prefeito da capital paulista desde a redemocratização. No entanto, ao final de seu mandato, a aprovação de Kassab sofreu uma queda, refletindo a dinâmica variável da opinião pública ao longo de sua carreira política.
“O candidato em São Paulo é o Tarcísio, e o meu candidato será aquele que ele indicar. Caso ele decida disputar a Presidência e avalie que o meu nome é o mais adequado, eu aceito a missão”, declarou Kassab em entrevista à CNN Brasil.
Apesar das especulações, o governador reafirmou, na noite desta segunda-feira (24), que pretende disputar a reeleição em São Paulo e que seu candidato à Presidência é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível até 2030.
Em entrevista recente ao podcast Inteligência Ltda., ao lado de Tarcísio, Bolsonaro evitou indicar um possível sucessor para a disputa presidencial de 2026. “Eu não vou passar bastão para ninguém […] Já falei que só passo o bastão depois de morto”, afirmou.
Tarcísio reforçou sua lealdade ao ex-presidente: “Tenho uma gratidão muito grande, vou ser grato sempre, vou ser leal sempre, porque é uma pessoa que nesses anos todos eu nunca vi pensar em outra coisa senão o interesse das outras pessoas”.
As articulações políticas seguem em aberto.
A definição dos cenários para as eleições de 2026 ainda depende de movimentações dentro da base governista e da elegibilidade de Bolsonaro, que pode impactar diretamente a estratégia política do grupo. Seguimos acompanhando os desdobramentos.